O Encontro, como categoria teológica a partir da obra de Paul Ricoeur, provoca uma reflexão acerca do Ser. A identidade que é construída na alteridade, na relação com o outro que encontra um outro si mais profundo e a compreensão do si exige a aceitação do si como sendo irremediavelmente outro. O encontro é uma experiência fundamental que permite o crescimento do ser através do outro, é experiência de diálogo, de doação e recepção constitutiva da história do ser, que o remete à busca do transcendente. Nessa dinâmica, há a apropriação de realidades diferentes que possibilitam a reformulação de algo novo. Dificilmente alguém sai de um encontro da mesma forma. Outro aspecto importante é a fecundidade da alteridade que imprime uma reflexão ético-teológica, um convite à acolhida da diversidade e do respeito ao outro, que permite a realização da justiça.
