Condições e método básico para a prática da ciência da religião aplicada
DOI:
https://doi.org/10.23925/1677-1222.2021vol22i2a2Palavras-chave:
filosofia da ciência, profissão, pesquisa básica, ciência aplicadaResumo
Esta é uma discussão em filosofia da ciência da religião – ou seja, de filosofia da ciência focada nos problemas e temas da disciplina “ciência da religião” (“CR”). Meu objetivo é defender que a CR, em seu ramo aplicado e voltado à atuação profissional, somente pode ser realizada se (1) for baseada nas pesquisas básicas em CR, tanto empíricas como teóricas; e se (2) for praticada profissionalmente por quem é formado institucionalmente em CR. Nosso método é a escrita argumentativa persuasiva, que defende uma tese sobre um determinado problema buscando convencer os leitores acerca das vantagens daquela posição e os erros das posições divergentes. A condução dessa argumentação passa pela busca por responder o problema principal da pesquisa: de que forma é possível a realização efetiva de uma aplicação prática da CR? O artigo está estruturado em três partes que buscam uma linha de raciocínio que responda ao problema: primeiro, a necessária relação entre CR básica e CR aplicada; segundo, a necessidade de a CR ser aplicada por quem é institucionalmente formado nessa área; e, por fim, apresento um método que se utiliza de um critério básico para fazer CR aplicada que é consequência lógica das duas primeiras partes. Concluo que o termo “ciências da religião aplicada” é incoerente, e a CR aplicada só faz sentido como uma ciência da religião aplicada, bem como que a formação em CR precisa possibilitar desde o currículo as condições necessárias e suficientes para o cientista das religiões saber como aplicar profissionalmente sua área de formação.
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