Temenos

Recinto sagrado de Santa Raimunda

Autores

  • Rachel Dourado Silva Doutoranda em Geografia pela Universidad Nacional Autónoma de México. Mestra em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia– UNIR. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Modos de Vidas e culturas Amazônicas – GEPCULTURA/UNIR

DOI:

https://doi.org/10.23925/1677-1222.2023vol23i1a17

Palavras-chave:

Santuário, Fenomenologia, Santa Raimunda, Devoção Popular, Ameaças

Resumo

A vida e a morte dialogam com aspectos culturais, sociais e ambientais. Nesse sentido, a relação entre pessoas e o(s) recinto(s) sagrado(s) dar-se-á por infinitas razões. O local de estudo é o santuário de Raimunda, localizado na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, tríplice fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru, local com grande poder de atração, especialmente de devotos advindos do Peru, do departamento de Madre de Dios. O dito santuário, da alma do Bom Sucesso, permite compreender, por meio da fé expressa por seus devotos, a relação entre vida e morte, símbolos e experiências pessoais, dando vida às vivências culturais, sociais e ambientais, e à organização coletiva. A pesquisa é construída pela fenomenologia, com observações de campo realizadas entre os períodos de 2010 a 2015 e agosto de 2022, assim como com observação das ameaças da perda de direitos dos povos das florestas, bem como da manutenção das próprias florestas. A pesquisa tem como objetivo verificar de forma indireta como se dá a relação das comunidades com os recintos sagrados.

Biografia do Autor

Rachel Dourado Silva, Doutoranda em Geografia pela Universidad Nacional Autónoma de México. Mestra em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia– UNIR. Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Modos de Vidas e culturas Amazônicas – GEPCULTURA/UNIR

Pesquisadora da cultura com trabalhos desenvolvidos com foco em comunidades, turismo, relações de gênero e religiosidade popular.

Referências

DE LA CADENA, M. Natureza incomum: histórias do antropo-cego. Brasil. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, p. 95-117, 2018.

ELIADE, M., & Couliano, I. P. Dicionário das religiões. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

FAUSTO, J. Rato candango, homem zumbi. Piseagrama, p. 12-17, 2015.

HIRAI, S. ¡Sigue los símbolos del terruño!»: etnografía multilocal y migración transnacional. En M. Ariza, & L. Velasco, Métodos cualitativos y su aplicación empírica: por los caminos de la investigación sobre migración internacional. México: UNAM, Instituto de Investigaciones Sociales; El Colegio de la Frontera Norte, A.C., 2012.

KLEIN, E. Santos da Floresta: Cultura e Religião entre seringueiros do Acre. Rio Branco - Acre: ditora da UFAC. 2003.

KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

LÉVI-STRAUSS, C. (2009). Lição de sabedoria das vacas loucas. Estudos Avançados, p. 211-216, 2009.

SILVA, A. D. Territorialidades e identidade do coletivo kawahub – da terra indígena uru-eu-wau-wau em rondônia: “orevaki are” (reencontro) dos “marcadores territoriais”. Curitiba-PR: Tese de doutorado, 2010.

SILVA, R. D. Espaços de peregrinação: a devoção nas estradas da seringa. Porto Velho: Dissertação de mestrado em geografia. Universidade Federal de Rondônia, 2015.

VIEIRA, S. D. O Astro do Tempo e o fim da Era: a crise ecológica e a arte de assuntar entre os quilombolas do Alto Sertão da Bahia. Clima Com Cultura Científica, p. 16-33, 2015.

Downloads

Publicado

2023-07-27

Edição

Seção

Intercâmbio