A retórica de aniquilação – reflexões acerca da campanha contra o Espiritismo no Brasil entre 1890 e 1940
DOI:
https://doi.org/10.23925/1677-1222.2017vol17i3a6Palavras-chave:
aniquilação retórica, intolerância religiosa, Kardecismo, BrasilResumo
A estratégica retórica de “aniquilação” é um meio decisivo para manifestar intolerância religiosa. Segundo Peter L. Berger e Thomas Luckmann, trata-se da tentativa de uma entidade que atribui, em nome da maioria social, um status inferior a uma minoria religiosa. A eficácia dessa técnica depende da capacidade de um agente social de influenciar a imagem pública do fenômeno em questão e de sugerir que a campanha expressa um interesse comum. O sucesso desse processo de construção social da realidade, portanto, deriva de um talento duplo do “construtor”. A primeira faculdade reside na redução da complexidade do respectivo fenômeno a seus supostos elementos cruciais. A segunda aptidão tem a ver com a associação desses elementos a definições negativas pré-estabelecidas para que o “inimigo” apareça como uma mera variação de um fenômeno social já conhecido pela maioria como algo inaceitável. Com o intuito de demonstrar como e por que a estratégica de aniquilação funciona, a presente artigo se refere à campanha de autoridades brasileiras contra o Kardecismo entre 1890 e 1940Downloads
Publicado
2017-12-24
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