A fé dos jornalistas e as práticas religiosas no Brasil

Autores

  • Jacques Mick UFSC
  • Kevin Willian Kossar Furtado UFPG

DOI:

https://doi.org/10.23925/1677-1222.2019vol19i3a17

Palavras-chave:

Jornalistas, Religiosidade, Perfil do jornalista brasileiro, Brasil, Neopentecostalismo

Resumo

O artigo compara os dados disponíveis sobre as religiões dos jornalistas brasileiros com as características gerais da religiosidade da população a partir dos dados presentes no Perfil do jornalista brasileiro, de 2012, e no censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O objetivo é compreender se as particularidades da experiência religiosa entre os jornalistas podem ter efeitos na cobertura do tema, algo que é relevante diante das consequências sociopolíticas e econômicas das mudanças recentes na religiosidade no país. Os dados indicam três diferenças marcantes entre os jornalistas: a) presença mais significativa de não praticantes e ateus; b) participação significativamente menor de católicos e evangélicos; e c) maior expressividade de espíritas e praticantes de religiões de origem africana. O texto suscita a hipótese de que essas diferenças, junto a outros fatores, podem explicar fenômenos como a relativa desatenção da cobertura jornalística ao crescimento da população neopentecostal no país e as abordagens em geral positivas que o espiritismo recebia da mídia.

Biografia do Autor

Jacques Mick, UFSC

Doutor em Sociologia Política (UFSC). Professor dos PPG em Jornalismo e Sociologia Política da UFSC. Coordenador do Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO) da UFSC

Kevin Willian Kossar Furtado, UFPG

Doutorando em Teologia (PUC-PR). Professor substituto do Departamento de Jornalismo da UEPG

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Publicado

2020-01-23