Os paulistas e os outros: fama e infâmia na representação dos moradores da capitania de São Paulo nas letras dos séculos XVII e XVIII

Autores

  • Alberto Luiz Schneider Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Palavras-chave:

São Paulo colonial, lenda negra, lenda dourada, Pedro Taques, Madre de Deus

Resumo

O objetivo deste artigo é rastrear a genealogia de textos em torno da imagem dos antigos moradores de São Paulo nos séculos XVII e XVIII. Nesse período surge uma autêntica “legenda negra”, que associou os paulistas à rebeldia e a mestiçagem indígena (e mesmo judaica), logo, de “sangue infecto”. A imagem de maus súditos e maus cristãos foi criada pelos “outros”, fossem jesuítas espanhóis como Ruiz de Montoya (1585-1652), ou mesmo portugueses, como o padre António Vieira (1608-1697), ou o erudito Rocha Pitta (1660-1738), natural da capitania da Bahia. No final do século, letrados da própria capitania de São Paulo, fundamentalmente Pedro Taques (1714-1777) e frei Gaspar Da Madre de Deus (1715-1800) buscaram desfazer a “lenda negra” e ensejaram outra, “dourada”, apresentando os antigos paulistas em tom heroico, como homens de força e coragem incomum, conquistadores de terras, homens e metais preciosos.

Biografia do Autor

Alberto Luiz Schneider, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Alberto Luiz Schneider é professor de História do Brasil na PUC.SP. Tem Metrado pela PUC-SP, Doutorado pela UNICAMP e pós doutorado pelo KING'S COLLEGE LONDON e pela USP.

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Publicado

2016-12-12

Como Citar

Schneider, A. L. (2016). Os paulistas e os outros: fama e infâmia na representação dos moradores da capitania de São Paulo nas letras dos séculos XVII e XVIII. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 57. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/30071