O Holodomor e a memória da fome dos ucranianos (1931-1933): o ressentimentos na História
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2767.2019v64p154-184Palavras-chave:
Holomor, Memória, Sentimento e sensibilidades na HistóriaResumo
Holodomor ou a Grande Fome da Ucrânia é o nome atribuído à fome de caráter genocidário, em que cerca de 10 milhões de ucranianos foram dizimados através da utilização da fome como instrumento de repressão ao povo ucraniano. Este artigo objetiva abordar os registros mnemônicos acerca do Holodomor e suas repercussões no Tempo Presente. Para tanto, pauta-se nos espaços da memória em que são alinhavadas a cultura dos sentimentos e da visualidade. Abordar os sentimentos na Historiografia é acostá-los a uma perspectiva que tenta buscar explicações às ações humanas para além do racional. Dessa forma, interpretar as sensibilidades implica a adoção de métodos que possam decifrar os códigos de linguagem que propagam e suscitam os detalhes de um passado, logrando compreender o uso e a repercussão de suas ressignificações no decurso do tempo. Além desta conformidade, torna-se importante considerar que a lembrança da dor mexe com feridas, homologa sentimentos de desvalor, credencia arbitrariedades, impingindo aos outros uma ampliação e uma reincidência de sofrimentos. Compreender os sentimentos e a memória dos ucranianos acerca da fome de 1931-1933 de forma associativa, comungante, dependente e intercalada parece ser um método eficiente para abordar como o Holodomor ainda é (res)sentido em mais uma de suas nuances.
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