“DOUTORES” DO SERTÃO: DISCURSOS DO III CONGRESSO MÉDICO DO BRASIL CENTRAL (1951)
DOI:
https://doi.org/10.23925/2176-2767.2020v69p312-346Palavras-chave:
Sertão, Identidade, MedicinaResumo
A presente artigo busca analisar as relações entre região e nação a partir dos discursos proferidos no III Congresso do Brasil Central e V do Triângulo Mineiro sob a concepção do sertão como espaço a ser civilizado ainda no século XX. As falas foram publicadas no que era chamado de “Arquivos de Saúde Pública” e, é possível perceber os sentidos atribuídos aos conceitos de saúde e doença nestes estados que se sentiam em constante oposição ao litoral. A reflexão que se estabelece está alicerçada em investigar como, a partir dessa relação, se constrói nas narrativas do congresso a identidade do médico e as concepções de saúde e doença com olhar do sertão, compreendido desta forma pelos participantes do evento em Goiânia. Neste sentido, as reflexões ainda perpassam pelo conceito de fronteira, aqui não necessariamente geográfica, mas constituída a partir das narrativas que levaram à ideia de oposição entre sertão e litoral, que pode também ser compreendida neste espaço temporal com região e nação.
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