Explorando o trabalho remoto
um estudo sobre a percepção da geração centenária
DOI:
https://doi.org/10.23925/2179-3565.2023v15i1p123-132Palavras-chave:
centenários, geração z, habilidades, talentos, trabalho remotoResumo
O trabalho remoto tem sido amplamente adotado pelas organizações. Nesse contexto, este estudo teve como objetivo responder a diversas questões referentes à adaptação de centenários (nascidos após 1995) para esse tipo de trabalho. É nessa geração que as empresas buscam talentos para suprir as necessidades de habilidades (criatividade, inovação, liderança). Trata-se de um estudo exploratório que teve início com uma revisão da literatura, seguida da aplicação de um questionário criado na ferramenta Google Forms©. Os formulários foram enviados aos alunos do curso de Administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) via e-mail e WhatsApp, resultando em setenta e quatro respostas válidas. A amostragem dos alunos respondentes foi obtida por meio da técnica conhecida como amostragem bola de neve. Apenas 28,2% afirmaram que sua produtividade melhorou ao trabalhar remotamente, algo que pode ser justificado por distrações com smartphones e redes sociais. Outra questão importante foi relacionada ao tempo que os centenários ganharam em suas rotinas, considerando, por exemplo, que não perdiam tempo se deslocando para o trabalho. Nesse aspecto, 33,80% (24) afirmaram utilizar muito bem seu tempo, 21,13% (15) utilizá-lo bem ("Usar bem o tempo", nesse contexto, refere-se à utilização efetiva do tempo para atividades geradoras de valor, como passar tempo com a família, praticar exercícios físicos, ler etc.). O trabalho remoto tem valor entre os centenários porque lhes proporciona autonomia e tempo livre. O estudo alerta que uma geração é apenas uma generalização e que as organizações precisarão se esforçar para entender essa geração para obter mais produtividade dela. A limitação do estudo reside no pequeno número de respondentes e na homogeneidade da amostra; no entanto, não invalida os resultados e sugere a necessidade de novos estudos que visem melhor compreender essa geração.
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