Sistemas de Inovação Ambiental em Países em Desenvolvimento: uma discussão a partir do desenvolvimento do Etanol de Segunda Geração no Brasil

Autores

  • stela ansanelli UNESP
  • Pedro Pinho Senna UNESP
  • Daniel Augusto Coração de Campos UNESP
  • Guilherme Ribeiro da Silva UNESP

Resumo

As inovações ambientais constituem um caminho importante para a redução do hiato tecnológico de países em desenvolvimento, contudo, é pouco explorada, pela literatura, uma abordagem sistêmica adequada à realidade e às características desses países. O objetivo deste artigo é discutir a constituição de sistemas de inovação ambiental em países em desenvolvimento, por meio do estudo de caso do desenvolvimento do Etanol de 2ª Geração (E2G) no Brasil. Observou-se que o E2G constitui uma inovação ambiental de processo e a forma como esse vem sendo realizado caracteriza um Sistema de Inovação Ambiental em E2G de cana no Brasil, pelas interações harmoniosas e coesas entre o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), o governo, as instituições de pesquisa (nacionais e estrangeiras), as firmas de diferentes setores (nacionais e estrangeiras) e a demanda em ascensão. 

Referências

ALBARELLI, J. Q. Produção de açúcar e etanol de primeira e segunda geração: simulação, integração energética e análise econômica. 2013. 216 f. Tese (Doutorado em Engenharia Química) – Faculdade de Engenharia Química, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2013.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLIVMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES Fundo Tecnológico – BNDES Funtec, 2016. Disponível em:<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/Programas_e_Fundos/funtec.html>. Acesso em: 01 mar. 2016.

BOGLIACINO, F. et al. Innovation and development: The Evidence From Innovation Surveys. Milão, Bocconi University, 2009.

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS – CGEE. Bioetanol de cana de açúcar: energia para o desenvolvimento sustentável. BNDES e CGGE, Rio de Janeiro: BNDES, 2008.

CHAMINADE, C. et al. Design innovation policies for development: towards a systemic experimentation-based approach. In: LUNDVALL, B. et al (Ed.).Handbook of innovation systems and developing countries: building domestic capabilities in a global setting. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2009.

COSTA, A. C. Caso de sucesso: produção de etanol (2ª Geração). Laboratório de Engenharia de Processos Fermentativos e Enzimáticos (LEPFE) – Faculdade de Engenharia Química, Universidade Estadual de Campinas, 2014. 64 slides. Apresentação Power-point. Disponível em: <http://www.crq4.org.br/sms/files/file/caso_sucesso_aline_costa_etanol2.pdf> Acesso em: 02 mar. 2016.

EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA – EPE – Ministério de Minas e Energia, Cadernos de Energia – Perspectivas para o etanol no Brasil, 2008.

GREEN, K. Towards environmental innovation – a policy synthesis. In: WEBER, M.; HEMMESLSKAMP, J. (Ed.). Towards environmental innovation systems. Heidelberg, Germany: Springer, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa de inovação 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2016

KEMP, R.; SOETE, L. Inside the “green box”: on the economics of technological change and the environment. In: FREEMAN, C.; SOETE, L. (Ed.). New explorations in the economics or technological change. Pinter Publishes, London & New York, 1990.

KEMP, R.; ARUNDEL, A. Survey indicators for environmental innovation. Oslo: IDEA report, STEP group, 1998.

KEMP, R.; ROTMANS, J. The management of the co-evolution of technical, environmental and social systems. In: WEBER, M.; HEMMESLSKAMP, J. (Ed.). Towards environmental innovation systems. Heidelberg, Germany: Springer, 2005.

LABORATÓRIO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO BIOETANOL – CTBE, Campinas, 2016. Disponível em:<http://ctbe.cnpem.br/o-ctbe/historia-ctbe/>. Acesso em: 01fev. 2016.

LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E.; ARROIO, A. Sistemas de inovação e desenvolvimento: mitos e realidade da economia do conhecimento global. In: LASTRES, H. M. M.; CASSIOLATO, J. E.; ARROIO, A. (org.) Conhecimento, sistemas de inovação e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora UFRJ; Contraponto, 2005.

LIMA, M. A. P. (2016) Entrevista sobre o CTBE e suas interações com os agentes no desenvolvimento do E2G. Entrevistador: Pedro Pinho Senna. Campinas: março de 2016.

LIU, X. National innovation systems in developing countries: the chinese national innovation system in transition. In: LUNDVALL, B. et al (Ed.). Handbook of innovation systems and developing countries: building domestic capabilities in a global setting. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2009.

LUNDVALL, B. et al (Ed.). Handbook of innovation systems and developing countries: building domestic capabilities in a global setting. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2009.

LUSTOSA, M. C. Meio ambiente, inovação e competitividade na indústria brasileira: a cadeia produtiva do petróleo. 2002. 246f. Tese (Doutorado em Economia) – Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2002.

MILANEZ, A. Y. et al. De promessa a realidade: como o etanol celulósico pode revolucionar a indústria da cana-de-açúcar: uma avaliação do potencial competitivo e sugestões de política pública. BNDES Setorial, 41. Rio de Janeiro: BNDES, março de 2015.

MOREIRA, R. F. et al Produção de Bioetanol a partir da hidrólise enzimática do bagaço de cana-de-açúcar. In: XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química, 2014, Florianópolis. Anais… Florianópolis : Centro Sul, 2014. Disponível em: <http://pdf.blucher.com.br.s3-sa-east-1.amazonaws.com/chemicalengineeringproceedings/cobeq2014/0261-26291-181973.pdf> . Acesso em: 02 mar. 2016.

NIOSI, J. Building national and regional innovation systems. Cheltenham, UK: Edward Elgar, 2010.

OECD. OECD Studies on environmental innovation: better policies to support eco-innovation, 2011.

OLTRA, V. Environmental innovation and industrial dynamics: the contributions of evolutionary economics. 1ª DIME Scientific Conference, Universidade LouisPasteur, França, 2008.

OLTRA, V.; JEAN, M. S. Sectorial systems of environmental innovation: an application to the French automotive industry. Technological Forecasting& Social Change, 76, p. 567-583, 2009.

PATEL, P.; PAVITT, K. Uneven (and divergent) technological accumulation among advanced countries: evidence and a framework of explanation. In: DOSI, G.; TEECE, D.; CHYTRY, J. (Ed.).Technology, organization, and competitiveness. Perspectives on industrial and corporate change. Oxford: Oxford University Press, 1998.

PINHO, M. G. O. (2016) Entrevista sobre o CTBE e suas interações com os agentes no desenvolvimento do E2G. Entrevistador: Pedro Pinho Senna. Campinas: março de 2016.

PORTER, M. E.; van der LINDE, C. Towards a new conception of the environment – competitiveness relationship. Journal of Economic Perspectives,v. 9, n. 4, p. 97-118, 1995.

PRATES, T.; SERRA, M. Sistemas regionais de inovação em tecnologias ambientais: a experiência de North-RhineWestphalia, Alemanha. Economia & Tecnologia, ano 2, v. 7, p. 127-138, out./dez. 2006.

SRHOLEC, M. A Multilevel analysis of innovation in developing countries. Prague: CERGE-EI, 2011.

WEBER, M.; HEMMELSKAMP, J. Towards environmental innovation systems. Heidelberg, Germany: Springer, 2005.

WORLD BANK. Promoting innovation in developing countries: a conceptual framework. World Bank Poli

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2017-07-06

Como Citar

ansanelli, stela, Senna, P. P., Campos, D. A. C. de, & Silva, G. R. da. (2017). Sistemas de Inovação Ambiental em Países em Desenvolvimento: uma discussão a partir do desenvolvimento do Etanol de Segunda Geração no Brasil. Pesquisa &Amp; Debate Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Economia Política, 28(1(51). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/rpe/article/view/32895

Edição

Seção

Artigos