O objetivo deste artigo é examinar três explicações teóricas para recentes crises nos mercados financeiros mundiais e contrapor defensores e oposicionistas à adoção de novas regras para o funcionamento desses mercados. Em tais mercados, interligados através das multinacionais e dos fluxos de capital e de comércio, tem sido crescente a importância dos chamados investidores institucionais. Como a informação é assimétrica e cara, esses investidores preferem adotar uma estratégia de diversificação de carteira e um comportamento de manada para fugir dos elevados custos de obtê-la. Quando eles saem em bando, de um dado espaço nacional, o pânico se alastra contagiando o lado real da economia. Neste contexto, as crises não devem ser vistas como um problema isolado de um específico país, mas sim como algo cuja solução precisa ser pensada globalmente.