Demandas tecnológicas na agricultura urbana intensiva

Autores

  • Antonio Bliska Júnior Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3763-0677
  • Flávia Maria de Mello Bliska Instituto Agronômico, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-1948-0994
  • Wellington Mary Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2019i20p77-95

Palavras-chave:

Inovações tecnológicas, Prospecção de demandas, Agricultura urbana

Resumo

Nos últimos 20 anos cresce no mundo todo o interesse pela produção agrícola, para fins alimentícios ou não, em áreas urbanas ou periurbanas – Agricultura Urbana. Contribuem para esse movimento a preocupação da sociedade e dos formuladores de políticas públicas de desenvolvimento local e regional com a ocupação de espaços ociosos, com a ampliação de áreas verdes, mitigação de enchentes e de ilhas de calor nas metrópoles, com a intensificação da demanda de alimentos e com as mudanças no modo de produzir e consumir alimentos saudáveis e funcionais. Aos benefícios vinculados ao planejamento da ocupação urbana e ao bem-estar da população somam-se benefícios socioeconômicos, como a utilização de mão de obra e insumos disponíveis no entorno ou dentro da área urbana e a redução dos custos de logística mediante a proximidade entre produtores e consumidores e a consequente redução no uso de combustíveis fósseis, contribuindo para a sustentabilidade do sistema produtivo. A Agricultura Urbana compreende alimentos de origem vegetal ou animal, sejam produzidos de forma convencional, sofisticada ou exclusiva (como brotos, micro verdes e mini hortaliças), plantas ornamentais e para extração de fármacos. A produção vegetal pode ocorrer tanto ao ar livre como em ambientes protegidos, no solo ou por meio do cultivo intensivo, com ou sem substratos, com ou sem luz artificial, ou ainda com diferentes níveis de automação e controle ambiental, através do monitoramento de temperatura e uso desumidificadores para manutenção da sanidade vegetal. Além disso, ela precisa atentar à economia de água e insumos, para obter maior eficiência energética. A Agricultura Urbana também pode proporcionar maior contato das pessoas com a natureza e incorporar atividades educacionais e terapêuticas. Porém, a transferência dos sistemas de produção agrícola do campo para a área urbana pode exigir soluções tecnológicas específicas, com diferentes níveis de complexidade e estratégias competitivas e organizacionais, visando à sustentabilidade dos novos modelos de negócio (Indústria 4.0) e de planejamento urbano. Por conseguinte, o objeto deste artigo é identificar as demandas tecnológicas da agricultura urbana, quanto à produção intensiva de plantas em ambientes altamente controlados, tendo em vista a eficiência do sistema produtivo, quanto à sua produtividade, qualidade e rentabilidade, por meio de análise diagnóstica, através de dados secundários e entrevistas com agentes-chave na cadeia produtiva.

Biografia do Autor

Antonio Bliska Júnior, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil

Doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Flávia Maria de Mello Bliska, Instituto Agronômico, São Paulo, Brasil

Doutora em Ciências (Economia Rural) pela Universidade de São Paulo (USP).

Wellington Mary, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil

Doutor em Engenharia Agrícola pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Referências

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