Interação, indistinguibilidade e alteridade na Inteligência Artificial

Autores

  • João Cortese Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, São Paulo, São Paulo, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2018i17p95-112

Palavras-chave:

Robôs, Ontologia, Agentes éticos

Resumo

Como devemos agir diante de inteligências artificiais ou de robôs que viriam a ser indistinguíveis de um ser humano? O problema se insere no domínio de uma ética da tecnologia em relação ao homem, e algumas questões básicas devem ser levantadas. Pode-se pleitear que a IA sirva para investigar a inteligência humana. Mas, neste caso, deve-se precisar se o que se pretende investigar são os efeitos dessa inteligência ou sua ontologia. A questão é: afinal, o que está sendo comparado entre a inteligência humana e a IA? Não tratarei aqui da questão de fato de se um computador pode hoje se passar por um humano. Minha questão é sobre o estatuto ético de uma máquina caso isso ocorra: podemos tomar como equivalentes a indiscernibilidade pela interação e a constituição de um agente autônomo que teria, enquanto tal, um estatuto ético intrínseco? Trata-se, portanto, de colocar uma questão sobre a ontologia dos agentes éticos.

Biografia do Autor

João Cortese, Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Doutor em co-tutela na Université Paris 7 e no Departamento de Filosofia da USP, pesquisador associado ao laboratório SPHERE (CNRS/Paris 7), membro do Núcleo de Bioética do Instituto PENSI - Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil e participa do Grupo de Estudos em Inteligência Artificial do Instituto de Estudos Avançados da USP.

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Publicado

2018-05-29