Modelo 70 20 10 e o microlearning: alternativas para problemas modernos na educação corporativa

Autores

  • Marissol Mello Alves Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, São Paulo, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0654-3172
  • Claudio Fernando André Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, São Paulo, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9323-1064

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2017i16p39-53

Palavras-chave:

Microlearning, Modelo 70 20 10, Educação corporativa, Aprendizagem moderna

Resumo

A neurociência na aprendizagem mostra que quando o cérebro humano aprende algo novo, precisa de tempo para sedimentação destes novos conhecimentos3 – o que se faz utilizando uma combinação de pensamentos em modos difuso e focado4 , permitindo a real apropriação do aprendizado, transportando-o para a memória de longo prazo. O profissional que encontramos no mercado de trabalho atual, mais concentradamente em grandes empresas, tem que lidar com a escassez de tempo tanto para aquisição de novos conhecimentos, quanto para fixação: convive com uma enxurrada de informações e pouco ou quase nenhum espaço para a reflexão e consequente apropriação dos novos conhecimentos. De fato, profissionais relatam ter apenas 1% do tempo semanal disponível para dedicação ao aprendizado5 , aqui entendido como formal (cursos ou treinamentos). Dentre os desafios na perspectiva das corporações, inclui-se garantir que sua base de profissionais esteja informada e preparada em tempo hábil para competir. Com o dinamismo dos negócios, as informações se tornam obsoletas com rapidez, resultado da grande volatilidade dos mercados modernos, impactando a credibilidade das informações que circulam formal e informalmente, bem como a capacidade de resposta ágil e precisa. Centrados neste problema – profissionais com menos tempo disponível para aprendizagem, e empresas com necessidade de dar escala e agilidade aos seus programas de educação corporativa – é que exploramos aqui como a combinação do modelo 70 20 10 e o microlearning, podem significar uma alternativa de solução.

Biografia do Autor

Marissol Mello Alves, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Profissional com ampla vivência na Gestão de Programas em ambiente corporativo - multinacional. Atuando na Microsoft desde 2005, responsável por programas globais em gestão de carreira, capacitação e desenvolvimento profissional junto aos times de infraestrutura e datacenters. Graduada em Comunicação Social pela Universidade Anhembi Morumbi (1996), Pós-graduada pela ECA/USP em Gestão de Comunicação (2006), Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital - TIDD, pela PUC SP (2011), certificada em Gerenciamento de Mudanças (2016 PROSCI, EUA) e em Gestão de T&D através da Training Industry, EUA (2018 CPTM, Certified Professional in Training Management). Atualmente Doutoranda pela PUC-SP (Tecnologias da Inteligência e Design Digital - TIDD), com pesquisa orientada para ciências da aprendizagem e microlearning.

Claudio Fernando André, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, São Paulo, São Paulo, Brasil.

É Pós-Doutor em Informática pela UFRGS, Doutor em Educação pela USP, Mestre em Educação, Especialista em Sistemas de Informação, Especialista em Design Instrucional, Licenciado em Pedagogia e Licenciado em Matemática. É pesquisador e docente na área de educação e computação, com ênfase nos seguintes temas: educação e tecnologia, empreendedorismo digital, educação a distância, games, robótica, autoria digital, formação de professores e cidadania digital. Na PUC-SP é Professor e pesquisador do Mestrado e Doutorado do Programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD), com atuação na linha de pesquisa Inteligência Coletiva, Aprendizagem e Semiótica Cognitiva. Na mesma Universidade coordena o Mestrado Profissional em Desenvolvimento de Jogos Digitais. Na Universidade Metodista é professor e pesquisador do Mestrado e Doutorado em Educação, na linha de formação de professores. Trabalhou por vários anos como consultor da área de tecnologia e educação na Microsoft, Ministério da Educação, Vale e Senac-SP, entre outros. No mercado corporativo atua como empreendedor digital, produção de conteúdo digital, marketing digital e técnicas de Search Engine Optimization (SEO).

Referências

ARETS, Jos; JENNINGS, Charles; HEIJNEN, Vivian.70 20 10 Towards to 100% performance. Maastricht, NL: Sutler Media, 2016.

GABRIELLI, S.; KIMANI, S.; CATARCI, T. The design of microlearning experiences: a research agenda. In: HUG, T.; LINDNER, M.; BRUCK, P. A. (Ed.). Microlearning: emerging concepts, practices and technologies after e-learning. Proceedings of Microlearning Conference 2005: learning & working in new media. Innsbruck, Austria: Innsbruck University Press, 2006. p. 45-53.

LINDEMAN, Eduard C. The meaning of Adult Education. New York, EUA. New Republic, Inc., 1926. Photocopy from University Microfilms, 1970. Kindle Edition, 2015.

PIAGET, Jean. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1975 [1959].

SIEMENS, George. Palestra conferida durante o Ciclo de Conferencias Internacionales de Educación y Tecnología. Realizado por Fundación Telefónica (EducaRed), em Buenos Aires, de setembro, 2012. Disponível em: youtube.com/watch?v=V3LUFOjR17M . Acesso em: 22 jul. 2017.

SIEMENS, George. Conectivismo: uma teoria de aprendizagem para a idade digital. 2004. Disponível em: usuarios.upf.br/~teixeira/livros/conectivismo%5Bsiemens%5D.pdf. Acesso em: 10 dez. 2017.

SIEMENS, George. A informação torna-se conhecimento através das conexões. 2010. Disponível em: educare.pt/noticias/noticia/ver/?id=15196&langid=1. Acesso em: 10 nov. 2017.

STOLOVITCH, H.; KEEPS E. Informar não é treinamento. Rio de Janeiro: Qualimark, ASTD Press, 2013.

Downloads

Publicado

2018-03-15