Deepfakes na perspectiva da semiótica
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-3585.2021i23p26-44Palavras-chave:
Deepfake, Fake News, Semiótica, Peirce, Redes SociaisResumo
As notícias falsas são uma arma de desinformação conhecida, capaz de ameaçar o estado democrático. Em um momento em que as mídias tradicionais são constantemente atacadas e acusadas de fazerem parte de uma grande conspiração para manter o poder das classes dominantes, as pessoas transformaram as redes sociais em sua fonte primária de informação, pois nelas existe menos controle sobre o que circula e, pretensamente, trazem menor risco de manipulação pelas mídias tradicionais. Na intersecção de fatores como a democratização na produção de conteúdo sem qualquer supervisão, a personalização das mensagens que não confrontam o usuário e o estímulo ao compartilhamento, as fake news encontram um campo para florescer e se propagar. Em 2017 elas evoluíram, com o nome de deepfake, deixaram de ser apenas mensagens no formato de texto, para contar com a manipulação de imagens, áudios e vídeos. Sua capacidade de forjar a realidade de maneira praticamente imperceptível, até mesmo para especialistas, chamou a atenção das mídias e da academia. Para discutir os efeitos e as ameaças dessa tecnologia, e como combatê-las, esse artigo, baseado na semiótica desenvolvida por Peirce, aponta para o esforço feito pelos produtores do vídeo In Event of Moon Disaster em criar um conteúdo educativo para alertar as pessoas sobre as consequências das deepfakes.
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