O Antropoceno é uma outra Coisa/ Outra coisa

uma abordagem semiótico-psicanalítica

Autores

  • Adriano Messias Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, São Paulo, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-3585.2021i24p101-121

Palavras-chave:

Antropoceno, Semiótica, Psicanálise, Tanatopolítica, Antropotecnias

Resumo

Este texto aborda o Antropoceno a partir de uma visão semiótico-psicanalítica, que busca o que está além de estatísticas e números. O autor se alia ações micro a ações macro a fim de se dar conta do incomensurável impacto negativo do humano na Terra. Trata-se de uma abordagem que se volta tanto ao “subterrâneo da cultura” quanto aos “subterrâneos do ser”, já que os problemas climáticos, por exemplo, são apenas parte do que chamo de “antropoviolações”. Única espécie falante do planeta no sentido lacaniano, somos atravessados pelas pulsões, as quais nos conduziram a um “ponto de não retorno”: não é mais possível resolver ou atenuar muitas das alterações antropocêntricas no mundo. No cerne deste imbróglio, um ponto frágil: a responsabilização de cada um. Neste sentido, há algo no Antropoceno que diz respeito a um não querer saber – provavelmente ligado à finitude das coisas e dos seres.

Biografia do Autor

Adriano Messias, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, São Paulo, São Paulo, Brasil

Adriano Messias tem pós-doutorado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC--Fapesp) com dois estágios de pesquisa na Universitat Autònoma de Barcelona. É doutor em Comunicação e Semiótica, ganhou o prêmio Jabuti com “Todos os monstros da Terra: bestiários do cinema e da literatura” e possui mais de 120 obras publicadas em ficção e não ficção.

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Publicado

2022-03-09