Do emaranhamento ao engambelamento quântico:
uma abordagem semiótica das estratégias da pseudociência e das dificuldades da divulgação científica – Parte 2
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-3585.2022i26p105-127Palavras-chave:
pseudociência, física quântica, divulgação científica, metáfora conceitual, semiótica, parasitagem semióticaResumo
Este artigo apresenta a segunda parte de um estudo semiótico a respeito das estratégias mobilizadas pelas pseudociência para explorar dificuldades no processo de comunicação científica (para público amplo). Na primeira parte, apresentamos o que chamamos de “hipótese do afastamento progressivo”. A hipótese se refere à tendência de que – conforme a ciência avança – os fenômenos que são objeto de teorias científicas ocorram numa escala muito distante da experiência direta ou intuição humana. Esta tendência é um problema estrutural que torna o público leigo vulnerável a estratégias da pseudociência, especialmente a estratégia particular que discutimos neste artigo: a parasitagem semiótica. A estratégia consiste na exploração de recursos semióticos de um domínio-hospedeiro (uma área técnico-científica estabelecida) para conceder alguma legi- timação a um domínio-parasitário (a área pseudocientífica)
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