Por uma ecossemiótica das Amazônias
signos do Antropoceno em antromas tropicais
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-3585.2025i31p33-52Palavras-chave:
Amazônias, Antropoceno, antromas, ecossemiótica, povos origináriosResumo
Este texto traz uma abordagem transdisciplinar entre a semiótica, a biologia e a antropologia em defesa de uma ecossemiótica que possa compreender as Amazônias e articular diversos campos de pesquisa entre si. As formas viventes, sejam elas quais forem, bem como o relevo e os componentes – antrópicos ou não – das paisagens ganham uma mirada que coloca esta vasta região sul-americana no cerne das reflexões sobre o Antropoceno. Em meio à aceleração – já sem possibilidade de volta trás – dos estragos causados pelo sapiens na biota, urge pensarmos os componentes civilizacionais dos povos originários, atuais ou pré-históricos, capazes de nos oferecer outros modelos, estruturas e formas de se lidar com os demais seres vivos. Desta forma, o foco recai sobre a remodelação dos antromas, a fim de que eles se tornem menos deteriorados e nos sirvam de anteparo para o enfrentamento das catástrofes que ainda estão por vir.
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