RESISTÊNCIA TOCA ATABAQUE: O LEGADO DE LORENZO TURNER

Autores

  • Cecilia Negrão PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/1980-8305.2018i2p44-55

Palavras-chave:

oralidade, diáspora africana, candomblé.

Resumo

Os registros do linguista norte-americano Lorenzo Turner, ao estudar os terreiros de candomblé na Bahia, nos anos 1950, reforçam a tese de que não há pureza no candomblé. Nos seus registros, o iorubá falado nos terreiros já era uma mistura com o português, em uma versão crioulizada, e é nesse contexto que o estudo se insere. A cultura é um sistema de armazenamento, processamento e transferência de informação, sempre em movimento e em transformação, e o candomblé traz mudanças e transformações com a formação da memória e da cultura.

Referências

BRANDÃO, G. E. S. Equede: A mãe de todos – Terreiro Casa Branca. Org. Alexandre Lyrio e Dadá Jaques. Salvador: Barabô, 2015

CASTILHO, L. E. Entre a oralidade e a escrita: a etnografia dos candomblés da Bahia. Salvador: Edufba, 2008.

CUNHA, M. C. Negros, estrangeiros – Os escravos libertos e sua volta à Africa. São Paulo: Brasiliense, 1985.

CUNHA JUNIOR, H. Das filosofias a africana a abstração pela geometrização das formas. Disponível em: www.facebook.com/henriquecunha - 29 de março de 2017. Acesso em: 18 mar. 2018.

CUNHA JUNIOR, H. Candomblé na escola: um problema de definição. Disponível em: www.facebook.com/henriquecunha - 01 de fevereiro de 2015. Acesso em: 20 fev. 2018.

CUNHA JUNIOR, H. A existência de uma discussão sobre a inexistência das identidades. Disponível em: www.facebook.com/henriquecunha - 17 de agosto de 2015. Acesso em: 18 mar. 2018.

CUNHA JUNIOR, H. Bairros negros: identidades negras, patrimônios culturais em meio à dominação ocidental. Disponível em: www.facebook.com/henriquecunha - 03 de dezembro de 2017 . Acesso em: 18 mar. 2018.

FERREIRA, J. Armadilhas da Memória e outros ensaios. Cotia: São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

HALL, S. O ocidente e o resto: discurso e poder – tradução Carla Délia. Hall, Projeto História: revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e departamento de História da PUC-SP. (1981) /56, 1981.

HALL, S. Identidade Cultural na pós-modernidade – tradução Thomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro, DP&A Editora, 11ª Edição, 2006.

LIMA, A. M. Memórias e identidades de um terreiro de candomblé - Ilé Ògún Anaeji Ìgbele Ni Oman - Àse Pantanal A Nação Efon em Duque de Caxias – RJ, 2014, p. 232, Dissertação (Mestrado em Ciência da Religião), São Paulo. Pontifícia Universidade de São Paulo.

LOTMAN, I. La Semiosfera I, II e III. Madri: Catedra. Ed. de 1996, 1998 e 2000.

PARÉS, N. L. O Rei, o Pai e a morte: a religião vodum na antiga costa dos escravos na Africa Ocidental. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

PIMENTEL, C. S. Memórias Brasileiras em Áfricas: da convivência à narrativa ficcional em comunidades afro-brasileiras. Jundiaí Paco Editora, 2017.

SANSONE, L. Publicação na Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 27, n 79, 20, 2012.

SODRÉ, M. O terreiro e a Cidade: a forma social negro-brasileira. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1988.

WALCOTT, D. Omeros. Tradução Paulo Vizioli, São Paulo, Cia das Letras, 2011.

Downloads

Publicado

2018-12-20

Como Citar

Negrão, C. (2018). RESISTÊNCIA TOCA ATABAQUE: O LEGADO DE LORENZO TURNER. Último Andar, (32), 44–55. https://doi.org/10.23925/1980-8305.2018i2p44-55