O ETHOS REPRESENTADO NA ENUNCIAÇÃO JORNALÍSTICA

Autores

  • Anderson Ferreira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUC-SP
  • Creone Coutinho
  • Jarbas Vargas Nascimento
  • Micheline Mattedi Tomazi

DOI:

https://doi.org/10.23925/2316-3267.2022v11i3p258-275

Resumo

Este artigo examina o ethos discursivo representado na enunciação jornalística. Objetiva-se verificar a maneira pela qual a enunciação jornalística atribui traços físicos e de caráter que corporificam atores religiosos quando esse são incitados a falar sobre a pandemia da COVID -19. Para tanto, procede-se a análise dois texto-notícias resultado da análise computacional de dados feita na rede social Facebook. Fundamenta-se na Análise de Discurso, em particular, nos estudos de Maingueneau (2016, 2020) em seu retorno crítico à noção de ethos discursivo. Os resultados revelam que, de acordo com o ator religiosos inscrito na enunciação, a sua representação vaiará negativo ou positivamente.

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Biografia do Autor

Anderson Ferreira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo -PUC-SP

Doutor em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, com estágio sanduíche pela Universidade do Minho – ILCH, Portugal. Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Graduado em Letras/Literatura pela Universidade Guarulhos - UNG.  Desenvolve pesquisa na área de Língua Portuguesa, tendo como enfoques o estudo do texto e do discurso nas modalidades oral e escrita e a leitura como prática discursiva. No momento, é membro do grupo de pesquisa "Memória e Cultura da Língua Portuguesa escrita no Brasil" do Programa de Estudos Pós-graduados em Língua Portuguesa da PUC-SP

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Publicado

2022-10-31 — Atualizado em 2023-02-09

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