GÊNEROS DOS ESTILOS ORATÓRIOS NO DISCURSO RELIGIOSO EM SANTO AGOSTINHO: A ALEGORIA DO ENVELHECER
DOI:
https://doi.org/10.23925/2316-3267.2025v14i3p20-34Abstract
The article examines the genres of oratorical style adapted from Classical Rhetoric to Christian religious discourse as systematized by Saint Augustine. It analyzes how sacred rhetoric was structured on Augustinian principles, which preserved the simple, temperate, and grand styles, yet oriented them toward instruction, clarity, and moral persuasion. The distinctions between secular and sacred rhetoric are highlighted, particularly with regard to decorum, kairos, and the use of biblical authoritative argumentation. The articulation of these elements is illustrated through an analysis of Ecclesiastes 12, in which the allegory of aging is employed to instruct, please, and move the audience. It is concluded that Christian rhetoric was consolidated as a pedagogical and spiritual instrument directed toward conversion and virtuous practice.
References
AGOSTINHO, Santo. A doutrina cristã: manual de exegese e formação cristã. Tradução de Ir. Nair de Assis Oliveira. São Paulo: Paulus, 2002.
ARISTÓTELES. Retórica das paixões. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
ARISTÓTELES. Retórica. Tradução e notas Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse Alberto e Abel do Nascimento Pena. São Paulo: Martins Fontes, 2012. (Coleção obras completas de Aristóteles).
BÍBLIA. Bíblia de Jerusalém. Português. Nova edição, revista e ampliada. 4. ed. São Paulo: Paulus, 2006.
CICERÓN. De oratore. Libros 1, 2 y 3. Traducción al inglés de E. W. Sutton (libros 1 y 2) y H. Rackham (libro 3), introducción de H. Rackham. Cambridge (Mass.): Harvard University Press; Londres: W. Heinemann, 1988.
CICERÓN. El orador. Traducción E. Sánchez Salor: Alianza Editorial Madrid: Fernández Ciudad, 1991.
[CÍCERO]. Retórica a Herênio. Tradução Ana Paula Celestino Faria e Adriana Seabra. São Paulo: Hedra, 2005.
EATON, Michael A; CARR, G. Lloyd. Eclesiastes e Cantares: introdução e comentários. Tradução Oswaldo Ramos. São Paulo: Mundo Cristão e Edições Vida Nova, 1989.
FIORIN, José Luiz. Figuras de retórica. São Paulo: Contexto, 2016.
MENDES, Eliana Amarante de Mendonça. Sobre o decorum: dos clássicos à pós-modernidade. Revista Quaestio Iuris, v. 9, n. 3, p. 1321-1343, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.12957/rqi.2016.20248. Acesso em: 16 jun. 2025.
PAGLIALUNGA, Esther Lydia. La Teoría del estilo em la Retórica gregorromana. Literatura: teoría, historia, crítica. Bogotá,· n.º 11, páginas 205-235, 2009.Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5037/503750725007.pdf. Acesso em: 19 out. 2015.
PERELMAN, Chaïm; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado de argumentação: a nova retórica. Tradução de Maria Ermantina Galvão. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2014.
PINHEIRO, Marcus Reis. Kairós e retórica no Fedro. Ideias, Campinas, v. 11, n. 2, p. 179-192, 2004. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ideias/article/view/8678101/34805. Acesso em: 14 jun. 2025.
RIBEIRO, Joelma; MAGRI, Mariano. A manifestação do ethos nos gêneros retóricos. In: FERREIRA, Luiz Antonio (Org.). Inteligência retórica: o ethos. São Paulo: Blücher, 2019. Disponível em: https://www.estudosretoricos.com.br/storage/uploads/files/livros/inteligen cia-retorica-o-ethos.pdf. Acesso em: 2 jul. 2025.
RIBEIRO, Joelma; SANTOS, Éber. Gênero epidítico como discurso pedagógico: elogios e admoestações na carta apocalíptica a Pérgamo. In: SANTOS, Éber José dos; FERREIRA, Luiz Antonio (Orgs.). Gêneros retóricos: epidítico. São Paulo: Pontes, 2025.
TRINGALI, Dante. A retórica antiga e as outras retóricas: a retórica como crítica literária. São Paulo: Musa, 2014. (Musa ler os clássicos)