A RELEVÂNCIA DAS CRÔNICAS MACHADIANAS PARA A HISTÓRIA DAS IDEIAS LINGUISTICAS NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.23925/2316-3267.2021v10i3p73-95Palabras clave:
Machado de Assis, Crônica, Jornal, Língua Portuguesa, História das Ideias LinguísticasResumen
Este artigo, na linha de pesquisa da História das Ideias Linguísticas, tem como objetivo compilar as crônicas de Machado de Assis, publicadas em vários jornais do Rio de Janeiro, a fim de destacar a atuação do escritor/cronista como observador dos usos que se faziam – a seu tempo, século XIX – da Língua Portuguesa, tanto na vida quotidiana das pessoas comuns, quanto nos textos literários, nas escolas e nas academias. As citações que Machado faz nas suas crônicas sobre a língua empregada no Brasil equivalem a estudos de usos linguísticos; partindo desse princípio, as crônicas publicadas por ele (entre 1858 e 1900), em vários jornais, ressaltam a visão linguística em voga na segunda metade daquele século. Este trabalho mostra um lado ainda inexplorado do autor; o homem do seu tempo preocupado com a formação de uma nacionalidade brasileira, que se reflete nos costumes e na linguagem.
Métricas
Citas
ARRIGUCCI JR., Davi. Enigma e comentário: ensaios sobre literatura e experiência. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
ASSIS, Machado de. Obra Completa, em quatro volumes – V.3. Organização: Aluizio Leite Neto, Ana Lima Cecilio, Heloisa Jahn. 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008a.
ASSIS, Machado de. Obra Completa, em quatro volumes – V.4. Organização: Aluizio Leite Neto, Ana Lima Cecilio, Heloisa Jahn. 2a ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008b.
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 2a ed. São Paulo: Cultrix, 1976.
BRAYNER, Sonia. “O laboratório ficcional”. In: Labirinto do espaço romanesco: tradição e renovação da literatura brasileira, 1880-1920. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Brasília: INL, 1979.
CANDIDO, Antonio & CASTELLO, José Aderaldo. Presença da literatura brasileira: do romantismo ao simbolismo. Tomo II. 5a ed. São Paulo: Difel, 1974.
CANDIDO, Antonio. A vida ao rés-do-chão. In: A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas, SP: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 9a ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006.
Colégio, 1950.
COSERIU, Eugenio. Lições de linguística geral. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1980.
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. 3a ed. São Paulo: Brasiliense, 1985.
COSTA, Suely Gomes. Metáforas do tempo e do espaço doméstico: Rio de Janeiro, século XIX. Niterói: UFF, 1996. [Tese de Doutorado]
COUTINHO, Afranio. Machado de Assis na literatura brasileira. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1966.
COUTINHO, Afranio. A literatura no Brasil. 2a ed. Vol. VI. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1971.
DE LUCA, Heloísa Helena Paiva. Balas de Estalo: Machado de Assis. São Paulo: Annablume, 1998.
FARIA, João Roberto. Machado de Assis e o teatro de seu tempo. In: FARIA, João Roberto (Org.). Machado de Assis: do Teatro – textos críticos e escritos diversos. São Paulo: Perspectiva, 2008. – (Coleção textos; 23)
FÁVERO, Leonor Lopes. A crônica em Lima Barreto: dialogismo fala/escrita. In: PRETI, Dino (Org.) Diálogos na fala e na escrita. São Paulo: Humanitas, 2005
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Linguagem e estilo de Machado de Assis, Eça de Queirós e Simões Lopes Neto. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2007.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1979.
GLEDSON, John. Machado de Assis: ficção e história. Tradução de Sônia Coutinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
GLEDSON, John. Por um novo Machado de Assis: ensaio. São Paulo: Companhia da Letras, 2006.
GLEDSON, John. Bons Dias!: Machado de Assis. 3a ed. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.
GLEDSON, John & GRANJA, Lúcia. Notas Semanais: Machado de Assis. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.
GRANJA, Lúcia. Machado de Assis, escritor em formação (à roda dos jornais). Campinas: Mercado das Letras; São Paulo: Fapesp, 2000.
MAGALHÃES JR., Raimundo. Prefácio. In: MACHADO DE ASSIS. Diálogo e reflexões de um relojoeiro: escritos de 1886, de 1888 a 1889, recolhidos da “Gazeta de Notícias”. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1956.
MASSA, Jean-Michel. A juventude de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1971.
MEYER, Marlyse. Voláteis e versáteis, de variedades e folhetins se fez a chronica. In: CANDIDO, Antonio et al. A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. São Paulo: Editora da UNICAMP; Rio de Janeiro: Fundação Casa Rui Barbosa, 1992.
MOISÉS, Massaud. A criação literária. 3a ed. São Paulo: Melhoramentos, 1970.
PEREIRA, Wellington. Machado de Assis: discurso moderno em crônicas de Fin-de- Siècle; As idéias de época nas crônicas de Machado de Assis. In: Crônica: arte do útil e do fútil? João Pessoa: Idéia, 1994.
SÁ, Jorge de. A Crônica. São Paulo: Editora Ática, 2007.
SABINO, Fernando. Última crônica. In: A companheira de viagem. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1965.
SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo. 4a ed. São Paulo: Duas Cidades/34, 2000.
SERRÃO, Joel (Org.). Dicionário da História de Portugal. Porto: Figueirinhas. 1989
SOUSA, José Galante de. Bibliografia de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1955.