O CORONEL NA LITERATURA BRASILEIRA
marcas histórico-discursivas
DOI :
https://doi.org/10.23925/2316-3267.2021v10i3p168-181Mots-clés :
Representação, Apropriação, Ditadura, Discurso, Literatura BrasileiraRésumé
O Historiógrafo e o Analista do Discurso costumam deparar-se com diversas situações da linguagem em uso no dia a dia, o que lhes propicia uma produção de corpus para análise e pesquisa. Nessa perspectiva, é importante destacar que os textos literários pressupõem um trabalho de equilíbrio entre os conceitos teóricos e uma visão ligada ao contexto histórico e social, no caso deste artigo, na obra literária de José Lins do Rego, Menino do Engenho. Nessa esteira de pensamento, tem-se por objetivo identificar, na produção do discurso dominante do coronel, personagem central da história, as marcas linguísticas que lhe conferem autoridade, a partir do contexto histórico brasileiro do século XX. Sendo assim, a pesquisa demanda reflexão acerca da situação do contexto histórico e social no qual o texto foi produzido.
Metrics
Références
AUROUX, Sylvain. A Revolução Tecnológica da Gramatização. 2ª ed. Campinas, SP: Unicamp, 2009.
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: HUCITEC, 1990.
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 16ª ed. São Paulo: Ática, 2014. 103p.
FALCON, Francisco. História e Poder. In: CARDOSO, Ciro Flamarion Santana, VAINFAS, Ronaldo (Orgs). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997.
FERREIRA, Luiz Antônio. Leitura e persuasão: princípios de análise retórica. São Paulo: Contexto, 2010.
GALVÃO, André Luís Machado. O coronelismo na literatura: espaços de poder. Cruz das Altas, BA: Universidade Federal do Recôncavo Baiano, 2018.
GARCIA, Afrânio. Tipos de Discurso. Revista Soletras. São Gonçalo, RJ: UERJ, ano III, n.º 190, 2003, p. 05-06.
GUIMARÃES, Eduardo; ORLANDI, Eni Punicelli. Língua e Cidadania: o português no Brasil. Campinas, SP: Pontes, 1996.
HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. 8ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
JANOTTI, Maria de Lourdes. O Coronelismo, uma política de compromissos. Rio de Janeiro. Editora Brasiliense. 1978.
MAINGUENEAU, Dominique. O discurso literário contra a literatura. In: MELLO, Renato de (org). Análise do discurso & Literatura. Belo Horizonte, MG, Núcleo de Análise do Discurso, Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos, Faculdade de Letras da UFMG, 2005.
MAINGUENEAU, Dominique. Termos chave da análise do discurso. Uberlândia, MG: Editora UFMG, 2006.
MARTINO, Agnaldo. História das Ideias Linguísticas por meio das crônicas de Machado de Assis. In: MARTINO, Agnaldo (org.). Itinerários Investigativos: História das Ideias Linguísticas: apropriação e representação. São Paulo: Blucher, 2021, p. 41-66.
PANG, Eul-Soo. Coronelismo e Oligarquias, 1889-1943. A Bahia na Primeira República. Rio de Janeiro, Civilizaçăo Brasileira, (1979).
PINHEIRO, Paulo Sérgio [et. al.]. O Brasil republicano- 2: Sociedades e Instituições (1889- 1930). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
REGO, José Lins do. Menino de engenho. 67. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1996.
TRIGO, Luciana. 'A arte existe porque a vida não basta', diz Ferreira Gullar. G1. Paraty, RJ, 07 ago. 2010. Disponível em: http://g1.globo.com/pop-arte/flip/noticia/2010/08/arte-existe-porque-vida-nao-basta-diz-ferreira-gullar.html. Acesso em: 23 nov. 2021.
TRINGALI, Dante. A retórica antiga e as outras retóricas: a retórica como crítica literária. São Paulo: Musa, 2014.
Van DIJK, Teun A. Discurso e poder. 2ªed. São Paulo: Contexto, 2015.
