4.2 O ETHOS DO HERÓI RISÍVEL NOS CAUSOS DE PANTALEÃO

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Resumo

Neste artigo, investigamos a constituição do ethos do Coronel Pantaleão Pereira Peixoto, uma das mais celebradas personagens do humorista brasileiro Chico Anysio (1931-2012), nos contos do livro É mentira, Terta? (1973). Para tanto, valemo-nos, prioritariamente, do arcabouço teórico fornecido pela retórica aristotélica e pelas neorretóricas, tanto no que concerne à dimensão ética do discurso e às suas propriedades (phrónesis, areté e eúnoia) quanto à produção do humor e ao estabelecimento do orador como objeto do riso. Desse modo, procuramos mostrar como os expedientes retóricos contribuem para a construção da imagem do valente e hiperbólico contador de causos nordestino e quais são as estratégias utilizadas pela personagem na tentativa de manter a sua credibilidade diante da incompatibilidade dos fatos narrados.

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Biografia do Autor

Luana Ferraz

Doutora em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2019). Mestra em Linguística (2015) pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e graduada em Letras-Português (2013) e Ciências Biológicas (2004) pela mesma instituição. É integrante dos Grupos de Pesquisa GETHu (Grupo de Estudos de Textos Humorísticos), ERA (Grupo de Estudos Retóricos e Argumentativos) e PARE (Pesquisa em Argumentação e Retórica). Atualmente, é professora do curso de graduação em Pedagogia e do programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Franca (Unifran). Tem experiência nas áreas de Linguística e Língua Portuguesa, com ênfase em Retórica e Argumentação. Realiza pesquisas em torno dos seguintes temas: humor, persuasão e cultura de massa.

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Publicado

2020-05-07

Edição

Seção

IV- Reflexões sobre Retórica e Gêneros Textuais-Discursivos