Quem não tem governo nem nunca terá, exu e o jeitinho brasileiro

Autores/as

  • Ivete Miranda Previtalli

Resumen

Exu é um dos orixás do panteão afro-brasileiro que, devido a seu dinamismo e seu comportamento perturbador, tornou-se o mais polêmico de todos os orixás. Contudo, ele é o princípio da ordem e o agente da reconciliação, embora na sua maneira de agir esteja sempre desconstruindo para construir. Ao chegar ao Brasil esse símbolo é ressignificado, e mesmo que conserve as características fundamentais que são reveladas no orixá africano, o Exu brasileiro se desdobra em macho e fêmea. Nesse contexto surgem as pombagiras e compadres que, embora sejam representantes de uma marginália característica brasileira, são muito estimados. Essa insurreição dos marginalizados, por ter como referencial a vida, produz uma inversão de papéis que, desta forma, afirma a transgressão.

Palavras-chave: Exu, religião afro-brasileira, transgressão.

Biografía del autor/a

Ivete Miranda Previtalli

Doutoranda no Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais da PUC/SP, bolsista CNPq. Autora de Candomblé: agora é Angola (São Paulo, Annablume, 2008)

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