Qualis: B2 |
Área do conhecimento: Sociologia |
No. 24 (2013): Verve
verve em tempos de clamores por segurança e redimensionadas vigilâncias; tempos de novas institucionalizações que atualizam controles. nosso tempo. nele verve respira, analisa, experimenta o calor do fogo, das amizades, dos prazeres.
josé maria carvalho ferreira apresenta ângulos da vida do anarquista português roberto das neves nos seus percursos combativos entre muitos jornais, poemas e escritos.
aline passos perscruta o regime disciplinar diferenciado nas penitenciárias brasileiras e suas articulações com uma nova gestão dos ilegalismos; enquanto giceli cervi e luiz guilherme augsburger estudam como a introdução da gestão democrática nas escolas públicas ativa novas modalidades de vigilância e de produção de subjetividades.
página única traz hypomnemata sobre black blocs, protestos e a anti-política que crepita sobre polícias, partidos e democratas juramentados.
martín albornoz retoma a história dos atentados anarquistas na argentina do começo do século XX para, na singularidade desses atos, pensar a força política do gesto violento.
o inesperado que se rebela em combate incessante ontem e agora emerge em verve 24 com flávia lucchesi mostrando a força das riot girrrl, corpos libertos em luta com machismos e os pequenos fascismos que violentam as mulheres.
logo depois, página única com carta da pussy riot maria alyokhina contra a prisão que a quer calar.
a aula-teatro anti-segurança, por salete oliveira e gustavo simões, desfere contundente corte sobre as práticas de segurança que vão da mais ínfima vontade de obedecer até a produção dos mais sofisticados dispositivos de segurança planetários.
nas resenhas, helena wilke apresenta a potente análise de acácio augusto sobre a elastificação da prisão para além dos muros penitenciários na sociedade de controle pela análise da punição redimensionada de jovens no brasil; gustavo simões resenha livro em que proudhon tocou a força e coragem do amigo e pintor anarquista gustave courbet e edson passetti situa a leitura de david graeber sobre a atualidade e potência dos anarquismos diante da política e das capturas do presente.
em tempos de velocidade eletrônica,
verve segue se abre em vervedobras, fluindo. em tempos conservadores, de ágeis e sutis aprisionamentos, verve exercita a análise pela problematização dos dispositivos de segurança e das táticas de controle e de resistência. verve combate nos fluxos, fazendo história do presente e agenciando liberdades.