Desde meados da década de 1990, observa-se uma crescente referência à palavra inclusão tanto no âmbito das políticas públicas, em especial na educação, como no campo das Ciências Sociais. Este artigo pretende problematizar o caráter natural atribuído à inclusão (social e escolar) e sua construção como um imperativo, assumido como um princípio dado e inquestionável,que se apresenta na atualidade blindado a qualquer formade crítica. Para os autores, ela emerge como mais um produtode técnicas de governamento da população e de produção desubjetividades, segundo uma lógica em que a inclusão funde-secom a exclusão.palavras-chave: inclusão, técnicas de governamento, educação.AbstractSince mid-1990, there is an increasing reference to the wordinclusion in the scope of public policies, especially in education, as well as in the domain of social sciences. This article intendsto problematize the natural character assigned to inclusion (social and educational) and its construction as an imperative assumed as a given and unquestionable principle, that is today shielded from any form of criticism. For the authors, it emergesas one more product of government techniques of populationand of subjectivities production, according to a logic in which inclusion fuses with exclusion.keywors: inclusion, techniques of government, education.