UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE O ENSINO DE ESTATÍSTICA E O USO DE TECNOLOGIAS MIDIÁTICAS

Autores

  • Daiane Aparecida Milossi Morais UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
  • Leonardo Sturion UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
  • Marcia Cristina dos Reis Instituto Federal do Paraná

Resumo

A utilização das mídias digitais, notadamente os dispositivos móveis, é uma realidade em todos os meios sociais, e não deveria ser diferente na Educação. O propósito deste artigo é apresentar os resultados de uma pesquisa sobre o ensino de Estatística e Probabilidades na disciplina de Matemática na Educação Básica nos 8º e 9º anos, de 12 escolas públicas brasileiras. Os alunos foram inquiridos sobre as atividades de Estatística e Probabilidade, bem como, sobre as suas percepções quanto ao uso de recursos tecnológicos e dispositivos móveis na sala de aula. Desenvolveu-se um questionário que, foi enviado aos alunos de escolas públicas de Londrina, Cambé e Ibiporã. Os dados foram recolhidos online. Tendo a resposta de 430 sujeitos. Os resultados obtidos mostram que o uso das tecnologias midiáticas e dos dispositivos móveis estão muito aquém do desejável. 

Metrics

Carregando Métricas ...

Referências

AIKEN, M.; ALFORD, R. Community structure and innovation: the case of public housing. The American Political Science Review, v. 64, n. 3, p. 843-864, set. 1970.

ALMEIDA, L.M.W.; SILVA, K.P.; VERTUAN, R.E. Modelagem matemática na educação básica. São Paulo: Contexto, 2012.

ALMEIDA, M. M. Trajetórias no Desenvolvimento Profissional Docente no Ensino Superior: Fatores Condicionantes. Revista Portuguesa de Pedagogia,Coimbra, v. 48, n. 2, p. 61-85, 2014.

ASHBURN, E.; FLODEN, R.E. Meaningful learning using technology: what educators need to know and do.New York: TeachersCollege Press, 2006.

BARBETTA, P.A. Estatística aplicada as às ciências sociais. Florianópolis:UFSC, 2006.

BATANERO, C. Dificultades de los estudantes en los conceptos estadísticos elementales: el caso de las medidas de posición central. In: LOUREIRO, C.; OLIVEIRA, F.; BRUNHEIRA, L.Ensino e aprendizagem da estatística. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Estatística, Associação de Professores de Matemática, Departamento de Educação e de Estatística e Investigação Operacional da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 2000. p.31-48.

BELLONI, M. L. Ensaio sobre a educação à distância no Brasil.Educação e Sociedade. Abr. 2002, vol.23, n. 78,p.117-142, 2002.

BELLONI, M.L.; LAPA, A.B. Educação a distância como mídia-educação. Perspectiva, Florianópolis, v.30, n.1, p. 175-196,jan./abr. 2012.

BLUM, W. e FERRI, R.B. Mathematical modelling: can it be taught and learnt?Journal of Mathematical Modelling and Application, v. 1, n. 1, p. 45-58. 2009.

BOGDAN,R.C.; BIKLEN, S.K. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994.

BORBA, R.E.S.R.; ROCHA, C.A.; AZEVEDO, J.Estudos em Raciocínio Combinatório: investigações e práticas de ensino na Educação Básica.Bolema, Rio Claro (SP), v. 29, n. 53, p. 1348-1368, dez. 2015.

BRITO, M.R.F. Adaptação e validação de uma Escala de Atitudes em relação à Matemática. Zetetiké, Campinas, v. 6, n. 9, p. 109-162, 1998.

CARNEIRO, G.R.S.; MARTINELLI, S.C.; SISTO, F.F. Autoconceito e dificuldades de aprendizagem na escrita. Psicologia: reflexão e crítica, 6, p. 427-434. 2003.

CARR, N. Os superficiais: o que a Internet está a fazer aos nossos cérebros. Lisboa: Gradativa, 2011.

CARVALHO, A.A.A. Na era mobile learning: fomentar a aprendizagem dos nativos digitais. In: MOMESSO, R.; ASSOLINI, F.E.P.; CURCINO, L.F.; BURLAMAQUE, F.V.; PALMA, G.M. (Orgs.). Das práticas do ler e escrever: ao universo das linguagens, códigos e tecnologias. Porto Alegre: CirKula, 2014. p. 353-379.

CAZORLA, I.M.; KATAOKA, V.Y.; SILVA, C.B. Trajetórias e Perspectivas da Educação Estatística no Brasil: um olhar a partir do GT 12. In: LOPES, C.E.; COUTINHO, C.Q.S.; ALMOULOUD, S.A. (Orgs.). Estudos e Reflexões em Educação Estatística. Campinas: Mercado das Letras, 2010. p. 19-44.

CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

CAZORLA, I.M.; KATAOKA, V.Y.; SILVA, C.B. Trajetórias e Perspectivas da Educação Estatística no Brasil: um olhar a partir do GT 12. In: LOPES, C.E.; COUTINHO, C.Q.S.; ALMOULOUD, S.A. (Orgs.). Estudos e Reflexões em Educação Estatística. Campinas: Mercado das Letras, 2010. p. 19-44.

DINIZ, L.M.; SILVA, M. P. M.; COUTINHO, C. Q. S.; A educação estatística e a pesquisa na sala de aula. 4º Simpósio Internacional de Pesquisa em Educação Matemática. Ilhéus,Bahia. P. 3369-3379.

DOMINGO, M.G.; GARGANTE, A.B. Exploring the use of educational technology in primary education: teachers' perception of mobile technology learning impacts and applications' use in the classroom. Computers in Human Behavior, v. 56, p. 21-28, 2016.

FURIO, D.; JUAN, M.C.; SEGUÍ, I.; VIVO, R. Mobile learning vs. traditional classroom lessons: a comparative study, Journal of Computer Assisted Learning, v. 31, n. 3, p. 189-201, 2015.

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

GONÇALVES, T. Investigar em Educação: fundamentos e dimensões da Investigação Qualitativa. In: ALVES, M.G.; AZEVEDO, N.R. (Eds.). Investigar em Educação desafios da construção de conhecimento e da formação de investigadores num campo multi-referenciado. Monte da Caparica: UIED/FCT/UNL, 2010.

GOULÃO, M.F. de. Recursos educacionais abertos: conhecimento coletivo e aberto. In: MOREIRA, J.A. et al. (Org.). Tecnologias na era digital: ensinar e aprender com as ferramentas da WEB 2.0. Santo Tirso: WhiteBooks, 2016. cap. II. p. 21-29.

HOWLAND, J. L.; JONASSEN, D. H.; MARRA, R. M. Meaningful learning with technology.4. ed. Boston: Pearson, 2012.

IVICA, B.; JELENA, B.; PETER, S.; CHEE-KIT.L. Usage of a mobile social learning platform with virtual badges in a primary school.Computers & Education, v. 86, p. 120-136, ago. 2015.

JACOBINI, O.R. et al. Temas contemporâneos nas aulas de estatística: um caminho para combinar aprendizagem e reflexões políticas. In: LOPES, C. E.; COUTINHO, C. Q. S.; ALMOULOUD, S.A. (Orgs.).Estudos e reflexões em educação estatística.Campinas: Mercado de Letras, 2010.

JACKSON, M.C.; LU, J.; GRAY, M.; SOLANA, H. The effects of integrating a certificate program into the classroom teaching environment. International Mathematical Forum, v. 6, n. 50, p. 2481-2487, 2011.

GODFREY, A. J. R; LOOTS, T. Advice from blind teacher son how to teach statistics to blind students.Journal of Statistics Educacion, v. 23, n. 3, 2015.Massey University.Disponívelem: .Acesso em: 21 Nov. 2016.

KATAOKA, V. A Educação Estatística no ensino fundamental II em Lavras, Minas Gerais, Brasil: avaliação e intervenção. Revista Latinoamericana de Investigación em Matemática Educativa, v. 14, p. 233-263, maio 2011.

KATAOKA, V. Y., OLIVEIRA, A. C. S.; SOUZA, A. A. S.; RODRIGUES, A.; OLIVEIRA, M. S. A Educação Estatística no ensino fundamental II em Lavras, Minas Gerais, Brasil: avaliação e intervenção. Revista Latinoamericana de Investigación em Matemática Educativa, v. 14, p. 233-263, maio 2011.

KORRES, K.; TSAMI, E. Supporting the development of critical thinking skills in secondary education through the use of interdisciplinary statistics and mathematics problems, Journal of Interdisciplinary Mathematics, v. 13, n. 5, p. 491-507, 2010.

LOPES, R.B.; GOMES, A.C. Paz na sala de aula é uma condição para o sucesso escolar: que revela a literatura? Ensaio: aval. pol.públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 20, n. 75, p. 261-282, abr./jun. 2012.

MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

MCCALL, C.H.;MADJIDI, F.;BELLI, G. The complexities of the teaching graduate students in educational administration introductory statistical concepts.PICTeachSt3, v. 2, p. 495-497, 1991.

MONTEIRO, A. Ensinar e aprender com tecnologias na era digital: ensinar e aprender com as ferramentas da web 2.0. Santo Tirso: White Books. Fonte:Cap. I, p. 11-19, 2016.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa: a teoria e textos complementares. São Paulo: Livraria da Física. 2011.

MOURA, A. Apropriação do telemóvel como ferramenta de mediação em mobile learning: estudo de casos em contexto educativo. Doutoramento em Ciências da Educação, na especialidade de Tecnologia Educativa, Instituto de Educação, Universidade do Minho, 2010.

NEVES, L. F. Um estudo sobre as relações entre a percepção e a expectativa dos professores e alunos, e o desempenho acadêmico em Matemática. 2002. 138 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, 2002.

OLIVEIRA, G.P.; SANTOS, R.P. Formação de professores de matemática: tecnologias e o teorema de Tales. Revista Iberoamericana de Educación, v. 2, n. 3, p. 1-13, 2013.

PRAIA, J.; GIL, D.; VILCHES, A.O papel da natureza da ciência na educação para a cidadania. Ciência & Educação, v. 13, n. 2, p. 141-156, 2007.

PRENSKI, M. Sapiens digital: from digital immigrantsand digital nativesto digital wisdom. Innovate, n. 5, v. 3, artigo 1, 2009.

PRENSKI, M.Digital Natives, Digital Imigrants.On the horizont, v. 9, n. 5. 2001.

PROFOP – Programa Especial de Formação Pedagógica. Curso reconhecido pelo MEC/INEP. Universidade Tecnológica do Paraná – UTFPR Campus Londrina 2016.

RHEINGOLD, H. Smart Mobs: The next social revolution. Cambridge, MA: PerseusPublishing, 2003.

SCHEID, N.M.J.; REIS, P.G. As tecnologias da informação e da promoção da discussão e ação sociopolítica em aulas de ciências naturais em contexto português.Ciência &Educucação, Bauru, v. 22, n. 1, p. 129-144, 2016.

SCHUYTEN,G.; OLIVIER, T.Statistical Thinking in Computer-Based Learning Environments.InternationalStatisticalReview, v. 75, n. 3, p. 365-371, 2007.

SERRA, D.S. A contribuição do Ensino de Probabilidade e Estatística para a prova de Matemática do ENEM. Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática. 18., 2014, Recife. Anais... Recife: UFPE, 2014. Disponível em: <http://www.lematec.no-ip.org/CDS/XVIIIEBRAPEM/PDFs/GD12/serra12.pdf>. Acesso em: 14 de outubro 2016.

SILVA JÚNIOR, S.D.; COSTA, F.J. Mensuração e escalas de verificação: uma análise comparativa das escalas de Likert e PhraseCompletion. Revista Brasileira de Pesquisa e Marketing, Opinião e Mídia, São Paulo, v. 15, p. 1-16, out. 2014.

SISTO, F.F. (2001b). Dificuldades de aprendizagem. In. SISTO, F.F.; BORUCHOVITCH, E.; FINI,L. D. T.; BRENELLI,R. P.;MARTINELLI, S. C. (Orgs.)Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, p. 2001, p. 19 -39.

SOUZA, M. O.Delineamento experimental e amostragem: uma aplicação no ensino público da educação básica no Estado de Rondônia. 2015. 168 f. Dissertação (Mestrado em Estatística, Matemática e Computação) Universidade Aberta, Lisboa, 2015.

STEVANATO, I.S., LOUREIRO, S.R., LINHARES, M.B.M.; MARTURANO, E.N. Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo, 8, 67-76. 2003.

STURION, L.; REIS, M.C. Impactos da utilização das tecnologias de informação e comunicação no processo de ensino e aprendizagem da matemática.UNOPAR Cient., Ciênc. Juríd. Empres., Londrina, v. 16, n. 1, p. 17-22, mar. 2015.

STURION, L.; REIS, M.C.; GONCALVES, C.M. Os impactos na aprendizagem causados pela baixa frequência e evasão escolar. In: II SWA – Seminário de Ensino e Aprendizagem, 2015, Londrina. Anais do Seminário de Ensino e Linguagens. Londrina: UTFPR, 2015. p. 516-527.

TALIULI, N.; GAMA, E.M.P. Causal attribution, selfconcept and academic achievement of children from low SES families.Painelapresentado no Educational Research in the Global Community: Annual Meeting of The American Educational Research Association, San Francisco CA. 1986.Disponível em: <http://www.eric.ed.gov>. Acesso em: 10 nov. 2016.

TURIK, C.; VIALI, L.; MORAES, J.F.D. Análise de atitudes de alunos universitários em relação à estatística por meio da teoria de resposta ao item. Ciência & Educação, v. 18, n. 1, p. 231-243, 2012.

VASCONCELOS, P.R. Leitura e interpretação de gráficos e tabelas: estudo exploratório com alunos da 8ª série do ensino fundamental. 2007. 206f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Matemática) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2007.

VASQUEZ, A.; PAIXAO, M.F.; ACEVEDO, P.; OLIVA, J.M.; MANASSERO, M. Mitos da didática das ciências acerca dos motivos para incluir a natureza da ciência no ensino das ciências. Ciência&Educação,Bauru, v. 11, n. 1, p. 1-15, 2005.

VEEN, W.; VRAKKING, B. Homo zapiens: growing up in a digiital age. London: Network ContinuumEducation, 2006.

VENDRAMINI, C.M.M. Implicações das atitudes e das habilidades matemáticas na aprendizagem dos conceitos de Estatística. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, 2000.

WILKINS, J.L.M. Mathematics and science self-concept: an international investigation. The Journal of Experimental Education, 72, p. 331-347, 2004.

WISE, S.L. The development and validation of a scale measuring attitudes toward statistics.Educational and Psychological Measurement, 45, p. 401-405, 1985.

YIN, Robert K. Case Study Research: design and methods. California: Sageublications,2014.

Downloads

Publicado

2018-03-19

Como Citar

Morais, D. A. M., Sturion, L., & Reis, M. C. dos. (2018). UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SOBRE O ENSINO DE ESTATÍSTICA E O USO DE TECNOLOGIAS MIDIÁTICAS. Ensino Da Matemática Em Debate, 4(2), 61–86. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/emd/article/view/32344

Edição

Seção

Artigos