O INSTITUTO DISCIPLINAR E A DISCRIMINAÇÃO DA INFÂNCIA EM SÃO PAULO

Autores

  • KÁTIA CIBELLE MACHADO PIROTTA Instituto de Saúde/Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
  • FERNANDA BROGGI Instituto de Saúde/ Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Palavras-chave:

infância, higienismo, eugenia, família, direito da criança e do adolescente

Resumo

O artigo tem por objetivo analisar o uso do discurso médico e da eugenia no debate sobre a criação do Instituto Disciplinar, a primeira instituição pública do Estado de São Paulo para a assistência a crianças e adolescentes. Foi pesquisado o processo legislativo e as leis que criaram o Instituto Disciplinar, entre 1900 e 1902. Influenciados pela corrente eugênica, os legisladores acreditavam que a tendência criminosa e a perversão do caráter eram hereditários. O Instituto disciplinar foi criado para receber os menores delinquentes e abandonados, cabendo-lhe “reformar os espíritos”. Acreditava-se que a perversão moral, desde que descoberta na infância, poderia ser combatida através da disciplina. O modelo discutido nunca foi implantado de fato. Ainda assim, o instituto constituiu-se como um espaço de discriminação e segregação da infância dando início a uma política que marcou o tratamento dirigido às crianças e adolescentes por todo o século.

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Publicado

2016-05-04

Como Citar

CIBELLE MACHADO PIROTTA, K., & BROGGI, F. (2016). O INSTITUTO DISCIPLINAR E A DISCRIMINAÇÃO DA INFÂNCIA EM SÃO PAULO. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 55. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/26937