O lugar do "outro" na autoficção: o antagonismo do "eu" nos romances Berkely em Bellagio e Lorde
DOI:
https://doi.org/10.23925/1983-4373.2019i22p40-54Palavras-chave:
O “outro”, Autoficção, João Gilberto Noll.Resumo
A autoficção redimensiona os limites da fronteira entre o real e o ficcional, por se inscrever em um entre-lugar de ambos conceitos. Este gênero, por possuir um referente no mundo real, tem fomentado a aparição de sujeitos fragmentados que são reflexos da contemporaneidade. Dito isto, este artigo busca, a partir das contribuições de Mendes (2000) sobre o estudo do “outro” na literatura, discorrer sobre as relações entre o “eu” com o “outro” e as mutuas transformações decorrentes de tal contato. Para este fim, Berkeley em Bellagio (2002) e Lorde (2004) foram eleitos para análise, sendo ambos romances autoficcionais do escritor João Gilberto Noll e ambos demonstrando uma tensão entre o narrador e sua relação com o “outro”.