Ética, estética e responsabilidade: leituras de Simpatia pelo demônio, de Bernardo Carvalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/1983-4373.2019i22p4-22

Palavras-chave:

Ética, Responsabilidade, Narrativa, Bernardo Carvalho, Crítica

Resumo

Este artigo analisa o romance Simpatia pelo demônio, de Bernardo Carvalho (2016), com foco nas relações entre ética, estética e política, elementos da poética carvaliana que estruturam uma narrativa composta por uma relação dinâmica entre estratégias textuais e discussões político-ideológicas. Carvalho ficcionaliza uma espécie de monstruosidade inscrita na contemporaneidade, que borra as fronteiras entre bem e mal, ilusão e verdade, diferença e indiferença. Na experiência do discurso literário, o autor coloca em xeque os alcances e limites da atividade literária, nos espaços intra e extratextuais. A problematização do mundo da vida jamais perde de vista o trabalho com a arquitetura narrativa, destacados os paratextos, essenciais à nossa leitura. As discussões críticas no romance de Carvalho abrem perspectivas produtivas para se pensar o papel do discurso literário no mundo globalizado, em que a crítica vê-se ameaçada de se desmanchar no ar rarefeito das ideologias.

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Biografia do Autor

Paulo César Silva de Oliveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Doutor em Letras (Ciência da Literatura) pela UFRJ. Professor adjunto de Teoria Literária da FFP/UERJ. Pós-doutor em Estudos de Literatura pela UFF.

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Publicado

2019-07-04

Como Citar

Silva de Oliveira, P. C. (2019). Ética, estética e responsabilidade: leituras de Simpatia pelo demônio, de Bernardo Carvalho. FronteiraZ. Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados Em Literatura E Crítica Literária, (22), 4–22. https://doi.org/10.23925/1983-4373.2019i22p4-22