A interpelação do indivíduo em sujeito ou a gramática do sujeito: identidades, desejo e racismo em Judith Butler, Lélia Gonzalez e Grada Kilomba
DOI:
https://doi.org/10.23925/poliética.v8i2.52129Palabras clave:
Interpelação, Identidade, Desejo, RacismoResumen
Este ensaio tem como objetivo refletir a interpelação do indivíduo em sujeito (identidades ou identificações). Esse processo se materializa estruturalmente por meio de inteligibilidade em pares dicotômicos excludentes e hierarquizados. Nesse caminho, inicialmente, o foco recaiu em uma releitura da teoria da interpelação de Althusser por Judith Butler. Após abordar a constituição dos processos identitários de forma ampla, assumindo a perspectiva pós-estruturalista em que há a desconstrução da ontologia das identidades como essencialistas e naturais, a atenção se deteve na relação entre desejo e racismo presente no pensamento de autoras feministas negras. Nesse caminho, teve-se como eixo central a resposta de que forma o desejo e o racismo se entrelaçam na construção da subjetividade feminina negra. Lélia Gonzalez possui como tese que o racismo é a neurose cultural brasileira que é uma consequência da negação do racismo no país. O desejo negado pelos corpos negras/os compõe tal negação, bem como, a culpa da branquitude. O próximo ponto destacou Grada Kilomba, que por sua vez, destaca a linguagem como crucial no processo de produção de discursos da branquitude, acerca da negritude – principalmente no que tange a língua portuguesa –, destacando, assim, as violências reproduzidas nas experiências cotidianas de mulheres inseridas em contextos afrodiaspóricos.
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Citas
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