São Paulo – Paris: Esquecimento e rastros da memória

Autores

  • Sônia Campaner Miguel Ferrari PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.23925/poliética.v7i2.46699

Palavras-chave:

Memória, Monumentos, História, Paris, São Paulo

Resumo

Na Paris do século XIX as Passagens são como limiares, portas que dão entrada em cuja ultrapassagem se nota a diferença de atitude das pessoas, como estivessem prestes a tomar uma decisão[1]. Guardando esses limiares das Passagens parisienses estavam máquinas que pesavam, máquinas de jogos de azar e videntes mecânicas – o moderno “conhece-te a ti mesmo” – como se esses lugares correspondessem aos oráculos gregos. O que nos dá a ideia de que mesmo chegando á cidade com uma força imperiosa, as transformações se impunham sobre um passado que permanecia, embora velado pelas novas formas. Nos países colonizados como o Brasil, a história começa quando os colonizadores chegam e se impõem ao território, que para eles é "novo", com uma história trazida de longe. Para quem já habita esse território, o passado não existe mais. Os Bandeirantes contribuíram para a construção dessa história baseada na violência contra os indígenas e na usurpação de seu território.

[1] Benjamin, 127

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Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Artigos