A viagem, de Charles Baudelaire pelos mares turbulentos da modernidade
DOI:
https://doi.org/10.23925/politica.v12i3.68245Palavras-chave:
As Flores do Mal, Charles Baudelaire, Modernidade, A ViagemResumo
Análise do poema A Viagem, de Baudelaire, a partir da ideia de inauguração da Modernidade com a obra As Flores do Mal, com base no reconhecimento do autor que entende a Modernidade como elemento transitório, efêmero e contingente – “é a metade da arte, sendo a outra metade o eterno e o imutável”. O poema desvenda o curso da vida moderna e anuncia com o texto poético o desfecho, a queda, o começo do fim – anúncio macabro de tempos viciosos, torpes e vazios. Pode dizer-se que a poesia baudelairiana provocou mudanças radicais em toda a poesia ocidental. Baudelaire é o último grande romântico francês, mas também o iniciador de uma nova sensibilidade baseada na experiência da vida urbana e na observação das ambivalências do mundo emotivo e imaginativo.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor. In BENJAMIN, Walter. HOKHEIMER, M. HABERMAS, J. Textos Escolhidos. São Paulo: Abril, 1975. (Coleção Os Pensadores, v. 48)
ANDRADE, Carlos Drummond de. O Homem e as Viagens. On-line. Disponível em <http://flauer.com.sapo.pt/o_homem_e_as_viagens.htm> Acessado em 15/05/2003.
ANTHOLOGIE. Épigraphe pour un livre condamné. On-line. Disponível em <http://www.anthologie.free.fr/zip/apporte.pdf.> Acessado em 2022.
ARENDT, Hannah. Homens em Tempos Sombrios. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
BAUDELAIRE, Charles. Sobre a Modernidade. Paz e Terra: Rio de Janeiro, 1996.
BENJAMIN, Walter. Sociologia. São Paulo: Ática, 1985. (Coleção Grandes Cientistas Sociais)
BENJAMIN, Walter. Charles Baudelaire - um lírico no auge do capitalismo. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
COTTERELL, Arthur. Enciclopédia de Mitologia. Portugal: Editora Livros e Livros, 1998.
FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do século XX. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Sete Aulas Sobre Linguagem, Memória e História. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
GRANDO, Diego. Em defesa das Flores do mal: as alegações do advogado de Baudelaire. Belas Infiéis, Brasília, v. 9, n. 5, p. 325-349, out./dez., 2020.
HESSE, Herman. Demian. 23 ed. Rio de Janeiro: Record, 1985.
PESSOA, Fernando (Álvaro de Campos). Opiário. On-line. Disponível em <http://www.secrel.com.br/jpoesia/facam01.html > Acessado em 02/10/2023.
PESSOA, Fernando. Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. (Org.) Richard Zenith. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
RIMBAUD, Artur. O Barco Ébrio. On-line. Disponível em <http://www.ufrgs.br/proin/versao_2/rimbaud/index02.html> Acessado em 05/05/2003.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. (org.) Leituras de Walter Benjamin. São Paulo: FAPESP: Annablume, 1999.
VALÉRY, Paul. Situação de Baudelaire. (In) Variedades. São Paulo: Iluminuras, s/d.