Glomerulonefrite “não tão” rapidamente progressiva
uma evolução incomum na síndrome de Goodpasture (SG): relato de caso
Keywords:
doença anti-membrana basal glomerular, plasmaferese, hemodiáliseAbstract
Introdução: a doença anti-membrana basal glomerular (anti-MBG) é uma forma rara de vasculite de pequenos vasos que atinge os capilares pulmonares, glomerulares ou ambos. essa condição é causada pela deposição de autoanticorpos circulantes na membrana basal alveolar e glomerular. trata-se de uma doença rara, com uma incidência de menos de 0,5 a 1 caso por milhão de indivíduos por ano na população europeia. Pacientes com menos de 30 anos têm maior propensão a apresentar sangramento pulmonar, enquanto aqueles com mais de 50 anos tendem a desenvolver glomerulonefrite isolada. O principal alvo da resposta autoimune na doença anti-MBG foi identificado como o domínio não-colagenoso (NC1) da cadeia alfa 3 do colágeno tipo IV (A3[IV]NC1), sendo conhecido como o "autoantígeno de Goodpasture". O padrão clínico da doença rim-pulmão reflete a expressão limitada deste antígeno nas membranas basais do glomérulo e dos capilares alveolares. Os pacientes tipicamente (80-90%) se apresentam com achados de uma glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP), embora na doença antiMBQ a deterioração possa ser ainda mais rápida, em dias a semanas. entre 40-60% dos pacientes desenvolverão hemorragia alveolar difusa concomitante, apresentando sintomas como dispneia, tosse, hemoptise ou falência respiratória grave. O tratamento padrão para a doença anti-MBG consiste na combinação de plasmaférese, que permite a remoção rápida de autoanticorpos, juntamente com o uso de ciclofosfamida e corticosteroides. Essa abordagem tem como objetivo prevenir a produção futura de autoanticorpos e melhorar a inflamação nos órgãos afetados.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.