Fatores associados à adesão ao tratamento medicamentoso em hipertensos de uma unidade de sáude da família
Palabras clave:
hipertensão, cooperação do paciente, tratamento medicamentosoResumen
Objetivos: avaliar os fatores associados à adesão ao tratamento medicamentoso em pacientes hipertensos de uma Unidade de Saúde da Família. Métodos: estudo descritivo e exploratório, com aplicação da avaliação global da adesão e a Medida de Adesão Medicamentosa autorrelatada em 54 pacientes do Programa de Saúde do Adulto. Para as variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher; para as numéricas, o teste de Mann-Whitney ou de Kruskal-Wallis; e para a correlação, o coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: os pacientes apresentaram média de idade de 61,4 (±12,5) anos, sendo 51,8% mulheres e 48,1% homens, escolaridade média de 4,3 (± 3,5) anos, 59% possuíam algum vínculo empregatício, 35,1% realizavam controle da pressão arterial somente nas consultas médicas e/ou de enfermagem, 61,1% eram não aderentes ao tratamento medicamentoso apesar de apresentarem comportamento de alta favorabilidade de adesão. Os homens e aqueles que não seguiam as recomendações da dieta eram mais descuidados ao tomar os medicamentos; os que trabalhavam fora de casa se esqueciam de tomar a medicação mais frequentemente; os fumantes e os que faziam uso de bebida alcoólica tinham comportamento de menor favorabilidade de adesão. Conclusões: os fatores associados a não adesão foram o gênero e os hábitos saudáveis. Sendo assim, o grande desafio para os profissionais de saúde é a implementação de medidas que de fato mudem o comportamento de adesão. O desenvolvimento de uma intervenção baseada na reflexão, respeito à autonomia e individualidade do paciente podem ajudar a melhorar a adesão.
Descargas
Citas
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010;95(1 supl. 1):1-51.
Barbosa JB, Silva AAM, Santos AM, Monteiro Júnior FC, Barbosa MM, Figueiredo Neto JA, et al. Prevalência da hipertensão arterial em adultos e fatores associados em São Luís. Arq Bras Cardiol. 2008; 91(4):260-6.
Zaitume MPA, Barros MBA, César CLG, Carandina L, Goldbaum M. Hipertensão arterial em idosos: prevalência, fatores associados e práticas de controle no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública. 2006;22(2):285-94.
Palota L. Adesão ao tratamento da hipertensão arterial: estudo entre usuários cadastrados no Centro de Saúde de um município do interior paulista [tese]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2010.
Osteberg L, Blaschke T. Adherence to medication. N Engl J Med. 2005;353:487-97.
Santos AJM, Rosa C, Oliveira EL, Almeida JR, Schneider RB, Rocha SS, et al. A não adesão de pacientes hipertensos ao tratamento em uma Unidade Básica de Saúde. Rev Inst Ciênc Saúde. 2009;27(4):330-7.
Araújo GBS, Garcia TR. Adesão ao tratamento anti-hipertensivo: uma análise conceitual. Rev Eletr Enf [Internet]. 2006 [acesso em 17 set. 2014];2(8):259-72. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/fen_revista/revista8_2/v8n2a11.htm.
Rocha CH, Oliveira APS, Ferreira C, Faggiani FT, Schroeter G, Souza ACA, et al. Adesão à prescrição médica em idosos de Porto Alegre, RS. Ciênc Saúde Coletiva. 2008;13(Supl.):703-10.
Lima TM, Soler O, Meners MMMA. Perfil de adesão ao tratamento de pacientes hipertensos atendidos na Unidade Municipal de Saúde Fátima, em Belém, Pará, Amazônia, Brasil. Rev Pan-Amaz Saúde. 2010;1(2):113-20.
Souza E, Silva NA, Maldonado C. A necessidade de mudança nas estratégias de intervenção para controlar a hipertensão arterial. Rev SOCERJ. 2003;16(1):65-75.
Carlos PR, Palha PF, Veiga EV, Beccaria LM. Perfil de hipertensos de um núcleo de saúde da família. Arq Ciênc Saúde. 2008; 15(4):176-81.
Conover W J. Practical nonparametric statistics. 3ª ed. New York: John Wiley; 1999.
Fleiss JL. Statistical methods for rates and proportions. 2ª ed. New York: John Wiley; 1981.
Siegel S, Castellan Jr NJ. Estatística Não-Paramétrica para ciências do comportamento. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2006.
Januzzi FF. Qualidade de vida relacionada à função visual e adesão medicamentosa em idosos com retinopatia diabética [dissertação]. Campinas: Faculdade da Ciências Médicas da UNICAMP; 2009.
Ferreira MCS, Gallani MCBJ. Adaptação transcultural do instrumento de Morisky de adesão a medicação para pacientes com insuficiência cardíaca. Rev SOCESP. 2006; 16:116-22.
Morisky DE, Levine M, Green LW, Smith CR. Health education program effects on the management of hypertension in the elderly. Arch Intern Med. 1982;142(10):1835-8.
Alves BHS, Prado MA, Góes NC, Beccaria LM, Cesarino CB, et al. Caracterização de usuários hipertensos e adesão ao tratamento em Unidade de Saúde da Família. Cogitare Enferm. 2012;17(1):91-8.
Bastos-Barbosa RG, Ferriolli E, Moriguti JC, Nogueira CB, Nobre F, Ueta et al. Adesão ao tratamento e controle da pressão arterial em idosos com hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2012;9(1):636-41.
Shaw KA, Gennat HC, O’Rourke P, Del Mar C. Exercise for overweight or obesity. Cochrane Database Syst Rev. 2006;(4):CD003817.
Demoner MS, Ramos ERP, Pereira E.R. Fatores associados à adesão ao tratamento anti-hipertensivo em unidade básica de saúde. Acta Paul Enferm. 2012;25(N. Esp. 1):27-34.
Dosse C, Cesarino CB, Martin JFV, Castedo MCA. Fatores associados à não adesão dos pacientes ao tratamento de hipertensão arterial. Rev Latino-Am Enfermagem. 2009; 17(2):1-7.
Paz EPA, Souza MHN, Guimarães RM, Pavani GF, Correa HF, Carvalho PM, et al. Estilos de vida de pacientes hipertensos atendidos com a Estratégia de Saúde da Família. Invest Educ Enferm. 2011;29(3):467-76.
Santa-Helena ET, Nemes MIB, Eluf Neto J. Fatores associados a não adesão ao tratamento com anti-hipertensivos em pessoas atendidas em unidades de saúde da família. Cad Saúde Pública. 2010;26(12):2389-98.
Gusmão JL, Ginani GF, Silva GV, Ortega KC, Mion Júnior D. Adesão ao tratamento em hipertensão arterial sistólica isolada. Rev Bras Hipertens. 2009;16(1):38-43, 2009.
Dourado CS, Macedo-Costa KNF, Oliveira JS, Leadebal OD, Silva GR. Adesão ao tratamento de idosos com hipertensão em uma unidade básica de saúde de João Pessoa, Estado da Paraíba. Acta Sci Health Sci. 2011;33(1):9-17.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.