Doença de von Willebrand e gestação

Autores/as

  • Juliana Tannuri Hobeika CCMB/PUC-SP
  • Karina Patrício Infante CCMB/PUC-SP
  • Antonio Rozas CCMB/PUC-SP

Palabras clave:

doenças de von Willebrand, gravidez

Resumen

A doença de von Willebrand (vWD) é patologia autossômica dominante caracterizada por alterações da hemostasia. Dificulta a adesão das plaquetas ao endotélio lesado. Apresenta diferentes fenótipos clínicos, sendo o sangramento mucocutâneo o mais comum, principalmente epistaxe e menorragia¹. Sangramentos em outros locais, como no sistema gênito-urinário e aparelho digestivo, também ao relatados, embora menos freqüentemente. A prevalência da Doença é cerca de 1%. Classifica-se em três tipos, de acordo com o defeito do Fator de von Willebrand (vWF). Para diagnóstico e classificação da vWD, são relevantes os dados da história de sangramento pessoal e familiar, além da completa análise laboratorial que inclui: Tempo de Sangramento (TS), Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA), métodos de filtragem sob alta pressão (“high shear stress”), Dosagem do antígeno do Fator de von Willebrand (vWF:Ag), Atividade Cofatora da Ristocetina (vWF:RCo) e padrão multimérico do vWF. Para o tratamento da deficiência do fator de von Willebrand pode-se utilizar a administração endovenosa tanto de desmopressina (DDAVP): 12/12h, com efeito restrito a duas a duas repetições como Concentrados de fator VIII (livres de contaminação virótica) que elimina a necessidade de plasma fresco congelado ou crioprecipitado. Os estudos da associação doença de von Willebrand e ciclo gravídico-puerperal são escassos na literatura alienígena e menos ainda na nacional. Nessas pacientes muitos autores preconizam o parto por via vaginal com o intuito de evitar maior risco de sangramento que, normalmente, é maior na cesárea, entretanto, há relatos de partos bem sucedidos ultimados por cesárea por indicação obstétrica, quando tratados profilaticamente de maneira adequada com o fator VIII. Recentemente, desaconselha-se às pacientes portadoras da doença de von Willebrand que engravidem. Relataremos, neste artigo, um caso de gestação em paciente com diagnóstico de von Willebrand onde houve boa evolução da gestação. A assistência no ciclo gravídico puerperal ocorreu na Clínica Obstétrica da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, da PUCSP (Serviço do Professor Neme).

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Biografía del autor/a

Juliana Tannuri Hobeika, CCMB/PUC-SP

Residente em Obstetrícia CCMB/PUC-SP

Karina Patrício Infante, CCMB/PUC-SP

Residente em Obstetrícia CCMB/PUC-SP

Antonio Rozas, CCMB/PUC-SP

Professor do Depto. de Cirurgia CCMB/PUC-SP

Cómo citar

1.
Hobeika JT, Infante KP, Rozas A. Doença de von Willebrand e gestação. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 25 de mayo de 2007 [citado 5 de julio de 2024];7(3):11-4. Disponible en: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/329

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