Perfil e resistência microbiana em sítios pós-operatórios de cirurgias de urgência em hospital de referência da Amazônia Ocidental
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2024v26a2Palabras clave:
Infecção Hospitalar, Cirurgia Geral, Infecção da Ferida Cirúrgica, Epidemiologia ClínicaResumen
Infecções de sítio cirúrgico ocorrem na incisão cirúrgica ou na proximidade em até 30 dias ou em até 90 dias se o material protético for implantado na cirurgia, mas também podem se estender para estruturas adjacentes mais profundas e, dependendo da gravidade, sistêmicas. Objetivo: determinação do perfil e a resistência microbiana em feridas pós-operatórias de cirurgias de urgência. Métodos: estudo epidemiológico, prospectivo, descritivo em hospital de referência da Amazônia Ocidental. O período compreendeu 2019 até 2021 com interrupções de acordo com o nível de isolamento social estabelecido. Foram selecionados pacientes que apresentaram infecção de sítio cirúrgico diagnosticada pelos médicos submetidos a cirurgias não eletivas do aparelho digestivo, órgãos anexos e parede abdominal; independente do sexo; e acima dos 18 anos. Das amostras coletadas foram identificados os agentes etiológicos e a suscetibilidade antimicrobiana. Resultados: do total de 605 cirurgias, a taxa de infecção hospitalar foi de 3,30%. Bactérias Gram-negativas como Klebsiella spp. e Escherichia spp. foram comumente isoladas. As classes de antimicrobianos que as bactérias isoladas e identificadas no estudo mais apresentaram resistência foram as penicilinas e inibidores de beta-lactamases; em todas as amostras investigadas houve microrganismos resistentes a esses medicamentos. Em contrapartida, as bactérias identificadas apresentaram maior sensibilidade aos antimicrobianos pertencentes às classes das cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações e carbapenêmicos. Conclusões: a maioria das bactérias isoladas foram bacilos Gram-negativos e anaeróbios, entre os quais foram identificadas cepas multirresistentes em várias amostras, destacando, assim, a necessidade de aprimorar as medidas de controle de disseminação desses microrganismos no ambiente hospitalar.
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