Inventário de Socialização Organizacional: confirmando sua validade e consistência no setor público - uma revisão do ISO
DOI:
https://doi.org/10.23925/recape.v12i1.48933Palavras-chave:
Socialização Organizacional, Escala, Setor públicoResumo
O objetivo deste trabalho foi confirmar a validade e consistência do Inventário de Socialização Organizacional (ISO) de 45 itens no ambiente público. Justifica-se na medida em que essa ferramenta vem sendo adotada em diversas pesquisas, sobretudo no setor público. Como técnica de estudo se empregou uma Análise Fatorial Exploratória (AFE), seguida de uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC), com uso de Modelagem de Equações Estruturais (MEE). A solução fatorial exploratória foi capaz de explicar 66,10% da variância total do construto, maior do que o encontrado em pesquisas anteriores (47,68%). Os indicadores de confiabilidade e consistência da AFC indicam robustez do modelo. Esses resultados sugerem um melhor ajuste do ISO ao ambiente público. O artigo contribui teoricamente ao apresentar uma nova proposta com relação às dimensões observadas em estudos anteriores, sendo validada de maneira exploratória e confirmatória, além de permitir aos gestores públicos um melhor instrumento de avaliação dos servidores.
Referências
Andrade, D. C. T. (2011). Socialização organizacional em uma IFES Mineira em tempos de REUNI (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais.
Andrade D. C. T. (2014). Socialização Organizacional: A Universidade Pública Brasileira em foco (1a ed.). Saarbrücken: Novas Edições Acadêmicas.
Andrade, D. C. T., & Oliveira, D. R. (2013). Inventário de Socialização Organizacional: (Re)afirmando sua validade e consistência. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, 37.
Andrade, D. C. T., Oliveira, M. L. S., Cappelle, M. C. A., Antonialli, L. M., & Paiva, K. C. M. (2012). Táticas organizacionais; desenvolvimentista; conteúdos e informação; tendências integradoras: A socialização organizacional abordada sob quatro correntes distintas. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, 10, 239-250.
Andrade, D. C. T., Oliveira, M. L. S., & Oliveira, D. R. (2012). Os Diferentes Níveis de Socialização Organizacional de uma Ifes: A comparação entre grupos ocupacionais e lotação setorial/departamental. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, 36. Recuperado de http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_APB1091.pdf
Andrade, D. C. T., Penha, R., & Ramos, H. R. (2014). Um Estudo Sobre a Percepção de Servidores Públicos Acerca do Nível de Socialização Organizacional. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, 38.
Assis, A. M. (2012). A inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho: Um estudo de caso numa organização de grande porte (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São João Del-Rei, São João Del-Rei).
Bagozzi, R. P., Yi, Y., & Philipps, L. W. (1991). Assessing construct validity in organizational research. Administrative Science Quarterly, 36(3), 421-458.
Barzelay, M. (1992). Breaking throught bureaucracy: A new vision for management in government. Berkeley: University of California Press, 1992.
Borges, L. O., & Albuquerque, F. J. B. (2014). Socialização Organizacional. In Z. J. Carlos, B. J. Eduardo, & B. A. V. Bittencourt, B. A. V. (Orgs.), Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed.
Borges, L. O., Carvalho, V. D., & Almeida, J. G. C. (2014). Socialização organizacional. In M. M. M. Siqueira (Orgs.), Novas Medidas do Comportamento Organizacional: Ferramentas de diagnóstico e de gestão. Porto Alegre: Artmed.
Borges, L. D. O., Ros-Garcia, M. A. R. I. A., & Tamayo, Á. (2001). Socialización organizacional: tácticas y autopercepción. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 17(2), 173-195.
Borges, L. O., Silva, F. H. V. C. e, Melo, S. L., & Oliveira, A. S. (2010). Re-construção e validação de um inventário de socialização organizacional. Revista de Administração Mackenzie, 11(4), 4-37.
Braga, L. A. B., Vasconcelos, F. C. W., & Ituassu, C. T. (2018). APAC: Institution for the Resocialization of Prisoners. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 12(2), 17-30.
Bresser-Pereira, L. C. (2009). Construindo o Estado republicano: Democracia e reforma da gestão pública. Rio de Janeiro: Editora FGV.
Bresser-Pereira, L. C. (2001). Do estado patrimonial ao gerencial. In I. Sachs, J. Wilheim, P. S. Pinheiro (Eds.), Brasil: Um século de transformações. São Paulo: Companhia das Letras.
Carvalho, V. D., & Borges, L. O. (2010). O Papel da resiliência nos resultados de um processo de socialização organizacional. Anais do Encontro de Estudos Organizacionais, Florianópolis, 6.
Carvalho, V. D., Borges, L. O., Vikan, A., & Hjemdal, O. (2011). Resiliência e socialização organizacional entre servidores públicos brasileiros e noruegueses. Revista de Administração Contemporânea, 15(5), 815-833.
Carvalho, V. D., Borges, L. O., & Vikan, A. (2012). Socialização organizacional: Estudo comparativo entre servidores públicos brasileiros e noruegueses. Revista Eletrônica de Administração, 18(2).
Cervo, A. L., & Bervian, P. A. (1996). Metodologia científica (4a ed.). São Paulo: Makron Books.
Chao, G. T., O'Leary-Kelly, A. M., Wolf, S., Klein, H. J., & Gardner, P. D. (1994). Organizational socialization: Its content and consequences. Journal of Applied Psychology, 79,730-743.
Conde, D. R. (2012). Valores organizacionais e pessoais em ambiente de mudança: Um estudo de caso em uma unidade de uma multinacional (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Lavras, Lavras).
Conde, D. R., & Cappelle, M. C. A. (2012). Valores em Ambiente de Mudança: Uma Adaptação da Técnica Laddering ao campo dos Estudos Organizacionais. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, 36.
Conselho Federal de Psicologia. (n. d.). Resolução CFPN.º 002/2003. Define e regulamenta o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Resolução CFP n° 025/2001. Recuperado de http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2003/03/resolucao2003_02_Anexo.pdf
Dancey, C. P., & Reidy, J. (2005). Statistics without maths for Psychology: Using SPSS for Windows (3rd ed.). London: Prentice Hall.
Durkheim, E. (1987). As regras do método sociológico as regras do método sociológico as regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1987.
Feldman, D. C. (1976). A contingency theory of socialization. Administrative Science Quarterly, 21, 433-450.
Fernandes, T., Curvo, A. D., & Albuquerque, R. A. F. (2019). Resiliência e socialização entre servidores públicos: Um estudo de caso na Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Research., Society and Development, 8(4), 1-17.
Gontijo, M. C. L., & Melo, M. (2005). Encontros e desencontros ao longo do processo de socialização organizacional de profissionais contratados por meio de programas de trainees. Anais do Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-graduação em Administração, Brasília, 29.
Hair Junior, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., Tatham, R. L. (2005). Análise multivariada de dados (5a ed.). Porto Alegre: Bookman.
Hair Jr, J. F., Black, W. C., Babin, B. J.; Anderson, R., & Tatham, R. (2006). Multivariate data analysis, 6.
Hair Junior, J. F., Hult, G. T., Ringle, C. M., & Sarstedt, M. (2014). A primer on partial least squares structural equation modelling (PLS-SEM). Thousand Oaks: Sage.
Jang, M. S., & Kim, J. A. A. (2019). Relationship between Preceptors’ Communication Type and Newly Employed Nurses’ Organizational Socialization. Business Communication, Research and Practice, 2(1), 22-27.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (1995). Técnicas de pesquisa: Planejamento e execução de pesquisas, elaboração, análise e interpretação dos dados (4a ed.). São Paulo: Atlas.
Levin, J., & Fox, J. A. (2004). Estatística para ciências humanas. São Paulo: Pearson.
Levy Junior, M. (1973). Socialização. In F. H. Cardoso, & O. Ianni (Orgs.), Homem sociedade. São Paulo: Editora Nacional.
Marini, C. (2002). O contexto contemporâneo da gestão pública na América Latina. Revista do Servidor Público, 53(4), 31-52.
Martins, J. S. (1997). A exclusão social e a nova desigualdade. São Paulo: Paulus.
Mendes, V. L. P. S., & Teixeira, F. L. (2000). O novo gerencialismo e os desafios para a administração pública. Anais do Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, Florianópolis, 24.
Motta, F. C. P. (1993). Controle social nas organizações. Revista de Administração de Empresas, 33, 68-87.
Oliveira, A. A. R., Rodrigues, C. M. C., Honório, J. B., Zagi, C. C., & Gallon, S. (2008). A prática da responsabilidade social através da socialização organizacional. Anais do Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Rio de Janeiro, 18. Recuperado de http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_TN_STO_079_551_11827.pdf
Oliveira, A. P. (2013). O processo de socialização dos servidores no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN (Dissertação de Mestrado, Universidade Potiguar, Natal, Rio Grande do Norte.
Oliveira, D. M., & Loureiro, T. J. A. (2018). Socialização organizacional: O processo de integração dos servidores do IFRN, análise do campus Nova Cruz. Revista Brasileira de Gestão, Negócios e Tecnologia da Informação, 1(1), 374-393.
Oliveira, S. D. C. et al. (2008). A socialização organizacional dos servidores da UFRN, segundo grupo ocupacional e tempo de serviço. Revista Psicologia, 8, 118-141.
Ostroff, C., & Kozlowski, S. W. J. (1992). Organizational socialization: The role of information acquisition. Personnel Psychology, 45, 849-872.
Pasquali, L. (2007). Validade dos testes psicológicos: Será possível reencontrar o caminho? Psic.: Teor. e Pesq., 23(n. spe).
Queiroz, G. B., Paiva, L. E. B., & Lima, T. C. B. (2019). Socialização Organizacional na Perspectiva de Mulheres da Polícia Militar. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 13(2), 148-165.
Ringle, C. M., Wende, S., & Will, S. (2005). SmartPLS 2.0 (M3) Beta. Hamburg: University of Hamburg. Recuperado de http://www.smartpls.de
Schein, E. H. (1982). A psicologia organizacional. Rio de Janeiro: Prentice-Hall.
Shinyashiki, G. T. (2003). O processo da socialização organizacional. In M. T. Fleury, As pessoas na organização. São Paulo: Gente.
Shinyashiki, G. T. (2000). O processo de socialização organizacional: Um estudo de caso de trainees (Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo).
Sório, G. L. (2018). Socialização Organizacional na UFSM: Proposta de um Modelo de Integração para os Novos Servidores (Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria).
Jang, M. S., & Kim, J. A. A. (2019). Relationship between Preceptors’ Communication Type and Newly Employed Nurses’ Organizational Socialization. Business. Communication, Research and Practice, 2(1), 22-27.
Tomazzoni, G. C., Costa, V. M. F., Santos, A. S. D., & Souza, D. L. (2016). Do Exercício a Efetivação: Analisando a Socialização Organizacional. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 10(2), 80-92.
Tybel, A. J. (2018). Clima organizacional no serviço público: Um estudo com servidores da UFES, campus de São Mateus (Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória).
Urbina, S. (2007). Fundamentos da Testagem Psicológica. Porto Alegre: Artmed.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista de Carreiras e Pessoas (ReCaPe) | ISSN-e: 2237-1427
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
• O(s) autor(es) autoriza(m) a publicação do artigo na revista.
• O(s) autor(es) garante(m) que a contribuição é original e inédita e que não está em processo de avaliação em outra(s) revista(s).
• A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).
• É reservado aos editores o direito de proceder ajustes textuais e de adequação do artigos às normas da publicação.
• Os Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
