Avaliação dos impactos da educação corporativa nas rotinas e nas inovações de processos: proposta de um modelo conceitual

Autores

  • Priscila Carvalho Rosa Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Rodrigo Baroni Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0003-3716-0879
  • Simone Costa Nunes Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Marta DeMattos Fundação Dom Cabral
  • Roberta Campana Rodrigues Foureaux Fundação Dom Cabral

DOI:

https://doi.org/10.23925/recape.v14i1.55516

Palavras-chave:

Educação corporativa, Inovações de processos, Mensuração dos resultados da Gestão de Pessoas

Resumo

Considerando a complexidade da mensuração das ações de Educação Corporativa e a crescente demanda de comprovação do retorno que treinamentos e outras soluções educacionais trazem para as organizações, o objetivo deste ensaio teórico é propor um modelo conceitual que analise como a Educação Corporativa pode ser avaliada por meio de melhorias nas rotinas organizacionais e de inovações de processos. O modelo proposto recomenda indicadores específicos para mensurar tais impactos, favorecendo o alinhamento da Educação Corporativa com a estratégia organizacional. O modelo conceitual possui oportunidades de aplicação prática em setores de Treinamento & Desenvolvimento, Universidades Corporativas e escolas de negócio.

Referências

ABTD – Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, Integração Escola de Negócios, Carvalho & Mello – Consultoria Organizacional. (2019). O Panorama do Treinamento no Brasil – Fatos, Indicadores, Tendências e Análises. 14ª edição. Disponível em: https://hcbcomunicacao.files.wordpress.com/2019/12/panorama_td_2019_2020-.pdf.

Allen, M. & McGee, P. (2004, winter). Measurement and evaluation in corporate universities. New Directions for Institutional Research, 124, 81-92.

Alves-Mazzotti, A. J. A. (2002). “Revisão Bibliográfica” em teses e dissertações: meus tipos inesquecíveis – o retorno. In L. Bianchetti & A. M. N. Machado (Org.). A bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. (pp. 25-44). São Paulo: Cortez.

Azevedo, A. A. de. (2020). Antecedentes do ganho de aprendizagem na educação superior: evidências empíricas para os cursos de Administração do Brasil (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Administração, Belo Horizonte.

Bardin. L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Becker, M. (2004). The concept of routines twenty years after Nelson and Winter (1982): a review of the literature. Industrial and Corporate Change, 13(4), 643-677.

Becker, B. E., Huselid, M. A. & Ulrich, D. (2001). The HR scorecard: linking people, strategy, and performance. Boston: Harvard Business School Press.

Bigarelli, B. (2020, outubro, 23). As dez competências para 2025. Recuperado a partir de https://valor.globo.com/google/amp/carreira/noticia/2020/10/23/as-dez-competencias-para-2025.ghtml.

Carvalho, R. S. de & Silva, R. R. D. da. (2017, janeiro, março). Currículos socioemocionais, habilidades do século XXI e o investimento econômico na educação: as novas políticas curriculares em exame. Educar em Revista, (63), 173-190.

Chen, Y., Xu, Y. & Zhai, Q. (2019). The knowledge management functions of corporate university and their evolution: case studies of two Chinese corporate universities. Journal of Knowledge Management, 23(10), 2086-2112.

Cruz, D. (2010). Educação Corporativa: a proposta empresarial no discurso e na prática. Educação em Revista, 26(2), 337-358.

Dias, C. A. de F. & Albuquerque, L. G. de. (2014, janeiro, março). Panorama da Avaliação de Resultados em Educação Corporativa no Brasil. Faces: Revista de Administração, 13(1), 103-123.

Dziallas, M. & Blind, K. (2019, February, March). Innovation indicators throughout the innovation process: An extensive literature analysis. Technovation, 80-81, p. 3-29.

Eboli, M. P. (2004). Educação corporativa no Brasil: mitos e verdades. São Paulo: Editora Gente.

Eboli, M. P. (Coord.) (2018). Pesquisa Nacional: Práticas e Resultados da Educação Corporativa 2018. Sumário Executivo da Fundação Instituto de Administração e Grupo de Estudo em Gestão da Educação Corporativa. São Paulo: FIA.

Eboli, M. P. (2014). Educação corporativa: muitos olhares. São Paulo: Editora Atlas.

Filatro, A. & Cavalcanti, C. C. (2018). Metodologias Inov-ativas na educação presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva Educação.

Filatro, A., Cavalcanti, C. C., Azevedo Junior, D. P. de A. & Nogueira, O. (2019). DI 4.0: Inovação em Educação Corporativa. São Paulo: Saraiva Educação.

Fleury, M. T. L. & Fischer, R. M. (1998, abril, junho). Gestão de pessoas: os desafios de aproximar a teoria da prática e vice-versa. Revista de Administração - USP, 33(2), 90-94.

Fleury, M. T. L. & Fleury, A. C. C. (1995). Os Desafios de Aprendizagem e Inovação Organizacional. RAE Light - Revista de Administração de Empresas, 2(5), 14-20.

Fleury, M. T. L. & Fleury, A. C. C. (2001). Construindo o Conceito de Competência. RAC - Revista de Administração Contemporânea, Edição Especial 2001, 183-196.

Grisci, C. L. I. & Dengo, N. (2003, setembro, outubro). Universidades corporativas: modismo ou inovação? REAd, Edição 35, 9(5), 1-16.

Hamblin, A.C. (1978). Avaliação de controle e treinamento. São Paulo: McGraw Hill do Brasil.

Hamel, G. & Prahalad, C. K. (1995). Incorporando a Perspectiva da Competência Essencial. In G. Hamel & C. K. Prahalad. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. (17a ed.). (pp. 257-274). Rio de Janeiro: Campus/Elsevier.

Hoeve, A. & Nieuwenhuis, L. F. M (2006). Learning routines in innovation processes. Journal of Workplace Learning, 18(3), 171-185.

Horneaux Junior, F., Dias, C. A. de F. & Eboli, M. P. (2013, 07 a 11 de setembro). Avaliação de Resultados em Educação Corporativa: Análise dos Níveis de Avaliação de Kirkpatrick-Phillips e sua Relação com o Balanced Scorecard. In Anais, EnANPAD 2013, (pp. 1-16), Rio de Janeiro.

Horneaux Junior, F. & Eboli, M. P. (2009, 19 a 23 de setembro). Os 50 anos da Metodologia de Kirkpatrick: Reflexões sobre a Mensuração de Resultados em Educação Corporativa. In Anais, EnANPAD 2009 - XXXIII Encontro da ANPAD, (pp. 1-16), São Paulo.

IP USP – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. (2021). Revisão de Literatura. Disponível em: https://www.ip.usp.br/site/biblioteca/revisao-de-literatura/.

Kirkpatrick, D. L. (1956, may, june). How to start an objective evaluation of your training program. The Journal of the American Society of Training Directors.

Levitt, B. & March, J. G. (1988). Organizational Learning. Annual Review Of Sociology, 14(1), 319-338.

Lima, M. A. M. (2007). Avaliação de programas nos campos da educação e da administração: ideias para um projeto de melhoria ao modelo de Kirkpatrick. REICE - Revista Electrónica Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, 5(2e), 199-216.

Macpherson, A., Homan, G. & Wilkinson, K. (2005). The implementation and use of e-learning in the corporate university. Journal of Workplace Learning, 17(1/2), 33-48.

Meister, J. C. (1999). Educação Corporativa: A Gestão do Capital Intelectual através da Universidades Corporativas. São Paulo: Makron Books.

Milagres, R. (2011, janeiro, junho). Rotinas – Uma Revisão Teórica. Revista Brasileira de Inovação, 10(1), 161-196.

Moscardini, T. & Klein, A. Z. (2015, março). Estratégias de Educação Corporativa e suas relações com os diferentes níveis de Aprendizagem Organizacional. Rev. Adm. UFSM, 8(1), 89-102.

Nelson, R. R. & Winter, S. G. (1982). An Evolutionary Theory of Economic Change. Cambridge: Harvard University Press.

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. (2005). Oslo Manual - Guidelines for Collecting and Interpreting Innovation Data. OECD Publishing. 3rd edition.

Palmeira, C. (2012). Avaliação de resultados em educação corporativa. In A. Ramal (org). Educação corporativa como implementar projetos de aprendizagem nas organizações. (pp. 232-260). Rio de Janeiro: LTC.

Parry, S. B. (1996). The quest for competencies. Training, 48-54.

Phillips, J. J. (1991). Handbook of training evaluation and measurement methods. London: Kogan Page.

Phillips, P. P. & Phillips, J. J. (2001). Symposium on the evaluation of training. International Journal of Training and Development, 5(4), 240-247.

Pentland, B. T. & Feldman, M. S. (2005, August). Organizational routines as a unit of analysis. Industrial and Corporate Change, 14(5), 793-815.

Romani, C. C. (2012, setembro, dezembro). Explorando Tendências para a Educação no Século XXI.. Cadernos de Pesquisa (Fundação Carlos Chagas), 42(147), 848-867.

Ruas, R. L., Raupp, D. R., Becker, G. V. & Pegorini, G. (2014, outubro, novembro). A Dinâmica das Competências Organizacionais e a contribuição da Aprendizagem: Um estudo de caso no Setor Bancário. Revista Alcance (Online), 21(4), 612-649.

Sandelands, E. (1998). Developing a Robust Model of the Virtual Corporate University. Journal of Knowledge Management, 1(3), 181-188.

Silva, A.L; Abbad, G. S. (2011, janeiro, abril). Benefícios e Limitações do Balanced Scorecard para Avaliação de Resultados Organizacionais em Treinamento, Desenvolvimento e Educação. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 10(1), 04-28.

Soares, M. B. & Maciel, F. (2000). Alfabetização. Brasília: MEC, Inep e Comped. (Estado do Conhecimento, n. 1). Disponível em: http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484330/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o/f9ddff4f-1708-41fa-82e5-4f2aa7c6c581?version=1.3.

Teece, D. J., Pisano, G. & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509–533.

Tidd, J. & Bessant, J. (2015). Gestão da inovação. Porto Alegre: Bookman. 5ª edição.

Toledo, G. S. & Domingues, C. R. (2018, janeiro, abril). Produção sobre educação corporativa no Brasil: um estudo bibliométrico. R.G. Secr. - GESEC, 9(1), 108-127.

Utterback, J. M. & Abernathy, W. J. (1975). A dynamic model of process and product innovation. Omega, 3(6), 639–656.

World Economic Forum (2020). The Future of Jobs Report 2020. WEF. 163 p.

Publicado

2024-01-03

Edição

Seção

Artigos