Gênero, conservadorismo e sucesso eleitoral : análise dos arquétipos femininos em campanhas eleitorais

Rafael Rocha; Luciana  Panke

doi:10.23925/1982-6672.2025v17i51p129-153

Autores

Rafael Rocha UFPR
Luciana Panke UFPR

DOI:

https://doi.org/10.23925/1982-6672.2025v17i51p129-153

Palavras-chave:

Comunicação eleitoral, Mulheres na Política, Comunicação Digital, Eleições 2024

Resumo

Nas eleições municipais de 2024, o Centrão, a direita e a centro-direita se destacaram ao dominar a maioria das prefeituras e câmaras de vereadores do Brasil. A participação feminina cresceu, mas ainda está longe da paridade. Porém há o crescimento de perfis de mulheres conservadoras eleitas. Entre eles, o artigo apresenta uma análise de Priscila Costa (PL), eleita vereadora mais votada de Fortaleza com 36.226 votos. A observação de suas postagens no Instagram, baseada nos arquétipos femininos de Panke (2016) e nos elementos da direita radical de Rocha (2020), revela uma comunicação alinhada à direita radical. Priscila se posiciona como uma Mulher Guerreira, defensora da "família tradicional" e de valores conservadores, usando símbolos nacionalistas e cristãos. A pesquisa contribui para o debate sobre gênero, conservadorismo e o sucesso eleitoral feminino.

Biografia do Autor

Rafael Rocha, UFPR

Doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal do Paraná (PPGCP-UFPR). Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (PPGCOM-UFC), turma 2018. Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário Estácio do Ceará (2017.1). Foi bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, entre agosto de 2015 e julho de 2016. Analista de dados em formação (Preditiva Analytics). Foi bolsista de Iniciação Científica PIC/ESTÁCIO-FIC, entre agosto de 2016 e julho de 2017. Atualmente, é pesquisador do Grupo de Pesquisa em Comunicação Política e Opinião Pública da Universidade Federal do Paraná (CPOP/UFPR) e do Grupo de Pesquisa ligado à linha de Comunicação e Política do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Paraná (CEL/UFPR). Foi membro do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (LEPEM) do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Tem interesse na área de Comunicação Política e Comunicação Eleitoral. Tem se dedicado a pesquisas sobre estratégias discursivas de figuras alinhadas à direita radical durante as eleições em contextos subnacionais. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6044544450225089

Luciana Panke, UFPR

Professora Titular do Departamento de Comunicação da UFPR. Realizou pós-doutorado na linha de Comunicação Política - Universidad Autónoma Metropolitana - sede Cuajimalpa (UAM-México), com pesquisa sobre propaganda eleitoral de mulheres na América Latina - bolsista Capes. A pesquisa resultou no livro "Campañas electorales para mujeres", publicado hoje em três países. Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, cuja tese gerou o livro "Lula, do sindicalismo à reeleição", publicado em Brasil, Argentina e México). Cursou mestrado em Letras na Universidade Federal do Paraná e graduação em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Premiada nacional e internacionalmente em várias ocasiões, destaca-se em 2016, a escolha como uma das 12 mulheres mais influentes da comunicação política pela The Washington Academy of Political Arts Sciences (EUA) e em 2020 como "Excelência no Ensino na Comunicação Política", Diretoria da Asociación Latinoamericana de Investigadores en Campañas Electorales (ALICE).

http://lattes.cnpq.br/3447103897680398

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