Aurora. Journal of Art, Media and Politics.

Na próxima edição da Revista Aurora, publicaremos o Dossiê: “Extremas direitas: riscos à democracia? É possível observar nos últimos anos o crescimento do autoritarismo e populismo com discursos nacionalistas, que versam sobre a retomada da soberania com reforço das fronteiras, ou que tratam a política muito na esfera moral. Milhões de eleitores pelo mundo têm depositado confiança nessa concepção de mundo – que ganha potência com a condução de narrativas que circulam nas redes sociais e embasamento com conteúdo disseminado pelo pensamento de Olavo de Carvalho ou pela plataforma Brasil Paralelo, entre outros canais que expandem o léxico da extrema direita. Comunismo, globalismo, marxismo cultural, ideologia de gênero, politicamente correto, são os principais temas que a agenda da extrema direita se propõe a combater. Os inimigos fazem parte de um “sistema” corrompido que precisa ser alterado radicalmente – com a exclusão dos indesejáveis (imigrantes) que trazem a ideia de “grande substituição”. O retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos e a organização estratégica de lideranças pelo mundo feita por Steve Bannon deve reforçar o discurso de lideranças de extrema direita pelo mundo? Javier Milei, na Argentina; José Antonio Kast, no Chile; Jair Bolsonaro, no Brasil; Santiago Abascal e o Vox, na Espanha; André Ventura e o Chega, em Portugal; Alice Weidel e o AfD, na Alemanha; Marine Le Pen e o Reagrupamento Nacional, na França; Viktor Órban e o Fidesz, na Hungria são algumas lideranças que tem ganhado grande capital político. Algumas dessas lideranças de extrema direita trazem traços de fascismo e representam perigo as democracias? O dossiê pretende estimular a produção acadêmica que atravessa a vasta agenda da extrema direita e sua luta pela hegemonia.