A plataformização das infâncias

um diálogo necessário entre a Educação e as Ciências Sociais

Autores

  • Priscila Barbosa Arantes Pontifícia Universidade Católica São Paulo
  • Rosemary Segurado Pontifícia Universidade Católica São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/1982-6672.2025v17i51p154-172

Resumo

Este artigo tem como objetivo promover uma reflexão sobre os principais desafios trazidos pelo advento das novas tecnologias potencializado durante a pandemia através das propostas remotas, para bebês e crianças pequenas. O diálogo inicial traz conceitos aos quais devemos nos ater enquanto sociedade, tais como “dataficação”, “plataformização” e “capitalismo de vigilância”, para que possamos nos instrumentalizar em proteger nossas crianças, que são extremamente vulneráveis aos apelos da internet. O tempo de exposição a esses conteúdos, além do consumismo, gera demais problemas, tais como insegurança, obesidade, bulimia, erotização precoce, distorção de valores e estresse nas famílias, como alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS).  Dados comportamentais e estudantis também são fontes para expansão do mercado tecnológico e, somados às desigualdades sociodigitais, podem tornar bebês e crianças engrenagens de um sistema de opressão.

Biografia do Autor

Priscila Barbosa Arantes, Pontifícia Universidade Católica São Paulo

Doutora em Ciências Sociais pela PUC SP, Pesquisadora do CRIANDO (Grupo de Políticas Públicas para a Infância da PUC SP) e Coordenadora Pedagógica da SME SP (Secretaria Municipal de Educação)

Lattes:  http://lattes.cnpq.br/6986380301642509 

Rosemary Segurado, Pontifícia Universidade Católica São Paulo

 

 

http://lattes.cnpq.br/9397214841745174

Referências

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Publicado

2025-10-06

Como Citar

Barbosa Arantes, P., & Segurado, R. (2025). A plataformização das infâncias: um diálogo necessário entre a Educação e as Ciências Sociais. Aurora. Revista De Arte, Mídia E Política, 17(51), 154–172. https://doi.org/10.23925/1982-6672.2025v17i51p154-172