Matéria, Substância, Filosofia Natural, Metafísica
Resumo
O artigo visa apresentar algumas considerações sobre a teoria cartesiana da matéria, problematizando sua relação com a concepção metafísica de substância sustentada pelo autor. Nesse sentido, procuramos colocar em evidência a gênese da teoria cartesiana da matéria, tal como foi elaborada desde os primeiros escritos de Descartes, a fim verificar se, no âmbito da filosofia natural, a concepção de matéria exige ou não uma fundamentação metafísica. Para tanto, nossa análise leva em conta três textos centrais: O Mundo ou tratado da luz, Os Meteoros e Os Princípios de filosofia. A partir da análise cronológica dessas obras pretendemos sugerir que a concepção cartesiana da matéria só alcança sua legitimação metafísica em 1644, quando o autor articula a teoria da matéria com sua a concepção metafísica de substância.
Biografia do Autor
Paulo Tadeu da Silva, Universidade Federal do ABC (UFABC)/Professor Adjunto
Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1993), mestrado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1998) e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2003). Foi professor adjunto da Universidade Estadual de Santa Cruz, entre 2004 e 2009. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do ABC. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia e História da Ciência, atuando principalmente nos seguintes temas: ciência moderna, mecanicismo e revolução científica