Paradoxos: Zenão de Eléia e os processos de compreensão da inteligibilidade
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-8428.2018v15i1p1-13Palavras-chave:
Zenão de Eléia, Paradoxo, Inteligibilidade, Método, Prova pelo AbsurdoResumo
No exercício da racionalidade, parte-se do pressuposto de que ela se constitui como uma das formas do pensar por meio de uma necessidade lógica traduzida por estruturas matemáticas, que sustentam os processos axiomáticos (Moraes 2016;Tassara, 2003), manifestando-se em uma direção trans-historicizada. Para se cumprir tal propósito, buscou-se a origem grega da crítica do método, direcionando-nos para os estudos sobre Zenão de Eleia, tentando desvelar possíveis raízes da racionalidade, tanto aplicadas ao estudo do movimento como às necessidades lógicas interpostas para fundamentar a demonstração. Contudo, Zenão estudou o movimento e não o repouso, por quê? Até o presente momento, não existe estudo para responder a essa questão. A saber o problema de Zenão, era trabalhar a compreensão sobre a realidade porém não houve elementos de busca na determinação dessa temática, não conseguindo dessa forma o exercício no campo da demonstração. Com efeito, limitou-se à elaboração de argumentos, considerando-se a prova pelo absurdo, como referente de uma capacidade analítica que permaneceu intacta no percurso histórico, a ser retomada pelos matemáticos, no século XIX.