A interpretação neopragmatista de Richard Rorty sobre o pensamento político de Michel Foucault: um ironista liberal inconcluso
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-8428.2021v18i1p115-125Palavras-chave:
Rorty. Foucault. Política. Ironista. LiberalResumo
Esse trabalho tem por objetivo evidenciar a compreensão que Richard Rorty (1931-2007), tem do pensamento político Michel Foucault (1926-1984). Inicialmente, apresentaremos o incessante desejo por autocriação que o neopragmatista observa no filósofo francês, um que seria uma forma de se constituir livremente em contraponto às práticas normativas do poder ao longo dos tempos, o que para Rorty, é plausível, mas aponta que Foucault parece esquecer dos desejos por uma comunidade mais solidária, o caracterizando como adepto à cultural Left (Esquerda cultural), em face aos desejos privados, o que seria cruel, e que o filósofo norte-americano não concorda. Rorty mostra que Foucault só tenciona a figura do ironista, aquele que almeja a perfeição privada e tem como a coisa mais importante que os sujeitos podem fazer, contudo, esquece os desejos do liberal, um que diz que a solidariedade humana é algo que deve ser privilegiado para evitar a crueldade, e nesse caso, na conduta política. Nosso trabalho conta com o aporte teórico de Rorty (1998; 2000; 2005; 2007), Foucault (2010; 2014; 2017), Kumar (2005), Malecki (2011), dentre outros. Nosso estudo indica que a visão política que Rorty tem de Foucault é antagônica, já que observa contribuições e distorções, mostrando como o biopoder foi importante para que os sujeitos observassem no passado e presente como são frutos de eixos normativos em meio à política, porém, acaba não mostrando como poderíamos nos livrar dessa crueldade em um futuro, alcançando os desejos de uma comunidade mais humana, idealizando os desejos do ironista liberal.Downloads
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