Do pragmatismo à intuição mística: uma leitura bergsoniana de William James
Keywords:
ação, pragmatismo, experiência, intuição, misticismo, consciênciaAbstract
Este artigo examina a relação entre psicologia e metafísica à luz da última obra de Bergson – As duas fontes da moral e da religião. Julgamos que, nessa obra, o autor concebe uma nova direção para a filosofia, onde confluem as suas análises psicológicas sobre a duração, a sua teoria pragmatista do conhecimento, o seu método de intuição e a sua metafísica da vida. Essa direção, marcada por uma preocupação essencial do pensamento bergsoniano com a espiritualidade, é a que põe em relevo a experiência mística; e poderia explicar, ainda, a simpatia intelectual entre Bergson e William James. Estudar a última obra de Bergson em cotejo com alguns textos de James nos encaminhará para uma compreensão mais nítida do caráter fundamental do místico, aquele que conjuga contemplação, ação prática e verbalização dos sentimentos derivados da experiência. O pragmatismo de James, porquanto fornece o arcabouço experimental da noção de estado místico de consciência, se configura como um complemento substancial deste trabalho e delimita, ao mesmo tempo, o nosso objeto de estudo. Tomando por base estas duas concepções de misticismo, que balizam a diferença entre uma abordagem ontológica e uma abordagem psicológica da subjetividade, pretendemos avaliar até que ponto se pode conciliar a especulação metafísica com as experiências no campo da psicologia, mostrando o que elas partilham e o que as distingue.References
BERGSON, H. Œuvres. Édition du centenaire. Paris: PUF, 1959.
BERTHELOT, R. Un romantisme utilitaire: étude sur le movement pragmatiste - Le pragmatisme chez Bergson. Paris: Félix Alcan, 1913.
JAMES, W. Le pragmatisme. Avec une introduction par H. BERGSON. Paris: Flammarion, 1918.
______. Essays in radical empiricism. Londres: Longmans, Green & Co., 1912.
LAPOUJADE. William James: empirisme et pragmatisme. Paris: PUF, 1997.
LEOPOLDO E SILVA, F. “Pragmatism and humanism: Bergson as a reader of William James”. Revista Cognitio, n. 2 – nov. 2001, p. 1.
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Published
2010-11-04
Issue
Section
Dossiê William James - 100 anos