O tempo e a memória: a contingência desvendada através de Marcel Proust
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-8428.2020v17i1p128-149Keywords:
Contingência.Teoria dos Sistemas. Self-relacional. Richard Rorty. Jean Clam. Marcel ProustAbstract
O artigo apresenta a noção de contingência através da obra Em Busca do Tempo Perdido de autoria de Marcel Proust que demonstrou a infixidez das identidades, o fluir temporal e a instabilidade da significação, fatores que contribuem para a desconstrução do conceito de tempo metafísico, do essencialismo e da neutralidade descritiva. Através desses conceitos chaves foi possível realizar a conexão do romance de Proust com a abordagem filosófica do tema contingência na pós-modernidade, segundo tratado por Jean Clam e seu conceito de margens comunicacionais abertas para a contingência através da natureza psicoafetiva dos indivíduos e com a tese de Richard Rorty sobre self-relacional e a contingência das identidades.