A querela interpretativa da teoria de abstração de John Locke e o olhar de Charles S. Peirce sobre o anti-abstracionismo de George Berkeley
DOI:
https://doi.org/10.23925/1809-8428.2021v18i1p66-81Palavras-chave:
John Locke. George Berkeley. Charles S. Peirce. Teoria de AbstraçãoResumo
O presente artigo tem por objetivo apresentar, dada a enunciação de Charles S. Peirce acerca do caráter oportuno da refutação de George Berkeley à suposta teoria de abstração defendida por John Locke, a querela interpretativa de comentadores da obra lockiana sobre o modo através do qual o filósofo britânico compreende a universalidade das ideias, seguindo, centralmente, um esquema de subdivisão aceito por estudiosos lockianos – a saber, teoria intrísenca de abstração e teoria extrínseca de abstração –, para assim, num segundo momento, evidenciar o arbítrio berkeleyano a redundar numa reductio ad absurdum acerca da perspectiva de Locke sobre a capacidade de abstração humana, ratificando, segundo o pai do pragmatismo, o caráter astuto encontrado no movimento, por fim exposto, de refutação – autodenominado “golpe de misericórdia” – de George Berkeley.