Em busca dos fundamentos da universidade e da necessidade da semiótica e do pragmatismo de C.S. Peirce

Autores

  • Lauro Frederico Barbosa da Silveira

Resumo

A proposta lançada por Peirce de , com a Semiótica , determinar como devem ser todos os signos para uma inteligência capaz de aprender com base na experiência e de, com a doutrina do Pragmaticismo, determinar para qualquer conceito todos os efeitos práticos concebíveis que dele venham a decorrer, exige que se investigue qual o fundamento que a sustenta. A hipótese que tal fundamento se encontra em alguma instância transcendental tem se mostrado bastante atraente, pois faria avançar a proposição kantiana, fazendo com que esta viesse a adentrar no domínio semiótico. Ser semiótico, contudo, insere inexoravelmente o pensamento no domínio fenomênico e, ipso facto, exclui a possibilidade de se postular qualquer instância transcendental alcançável pela Razão que viesse predicar seus atos com a objetividade dele decorrente. O caráter originariamente abdutivo de toda representação e sua constante submissão à verificação experimental conferem à necessidade das proposições um caráter de prognóstico e não de um determinismo imposto às aparências. A determinação da conduta futura na busca eminentemente ética de seu objeto, consistindo na razão decisiva para a constituição da ciência, atribui à universalidade desta última um caráter evolutivo, em constante e assintótico crescimento, sendo atribuída de modo distributivo e não coletivo aos signos que representa, sendo, pois, somente verificável indutivamente em sua verdade no decorrer desta mesma evolução.

Métricas

Carregando Métricas ...

Downloads

Como Citar

Silveira, L. F. B. da. (2013). Em busca dos fundamentos da universidade e da necessidade da semiótica e do pragmatismo de C.S. Peirce. Cognitio: Revista De Filosofia, (1), 117–126. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/cognitiofilosofia/article/view/13427

Edição

Seção

Artigos Cognitio